Apesar da grande quantidade de novas moradias populares construídas em Timon, ainda há muitas famílias que buscam outras formas de conseguir uma casa.
Muitos utilizam as invasões para garantirem a casa própria. Foi o caso de Maria Helena Silva, que morava de aluguel com o marido, mas depois que se separou não teve mais condições de sustentar a casa onde morava com mais dois filhos.
Hoje ela mora em um terreno invadido nas proximidades do Residencial Padre Delfino, em um lugar onde há apenas a cobertura das telhas, mas sem nenhuma estrutura. Sem emprego, Maria Helena sobrevive de alguns trabalhos domésticos. ?Aqui vivemos nessa situação precária.
Eu não tinha onde ficar e tava vivendo de casa em casa. Meus filhos estão crescendo e precisam de uma casa. Aqui não temos água. A água para o nosso consumo a gente precisa pegar dos vizinhos. É difícil, mas precisamos de uma casa decente?, conta.
Igual a Maria Helena, dezenas de outras famílias também passaram a ocupar o lugar, que é de propriedade do Instituto Federal do Maranhão (IFMA). As casas estão aos poucos sendo construídas, algumas de taipa e outras até de tijolo. Segundo a prefeita de Timon, Socorro Waquim, as providências já foram tomadas tanto por parte da prefeitura quanto do IFMA.
?Estamos aguardando a resposta dos encaminhamentos que fizemos para que ocorra a desocupação do lugar. Na próxima semana vamos fazer cadastramento dessas famílias, ver as reais condições delas, para que possam ser cadastradas no Programa Minha Casa, Minha Vida.
Só precisamos ter muita atenção com essas invasões, pois não acho que elas tenham a finalidade da moradia. Também passam por interesse de especulação imobiliária. Famílias que estão na lista de espera, mas que quando receberem vão vender, passar pra frente?, assegura.