Famílias de vítimas do voo AF 447 propõem parar aviões da Airbus

Famílias entraram com uma petição em um tribunal de Paris que pode resultar na suspensão de voo temporária de todos os A330.

O acidente do voo 447 matou 228 pessoas. | Ana Carolina Fernandes/Reuters
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Um relatório inicial divulgado pela agência de investigação de acidentes de aviação francesa, BEA, com base em uma análise preliminar das caixas pretas do voo AF 447 forneceu nova luz às causas do acidente da Air France no Oceano Atlântico há dois anos. Muitas questões, todavia, continuam em aberto ?e fornecem combustível para um intenso debate atualmente sendo travado entre a Air France, a Airbus e as famílias das vítimas do acidente.

Advogados e especialistas contratados pelas famílias das vítimas do acidente alemãs suspeitam que uma falha no programa do sistema de controle de voo automático ?especificamente relacionada ao flap estabilizador vital no rabo do avião? destinou ao fracasso todos os esforços do piloto de recuperar o controle do avião. Eles estão exigindo que a corte parisiense investigando o acidente tome uma atitude. ?Nós pedimos que a ação apropriada seja tomada para impedir que uma catástrofe similar à que sucedeu ao AF447 volte a acontecer?, diz a carta submetida à juíza Sylvie Zimmermann, que o ?Spiegel? obteve.

Os advogados das famílias estão pedindo que a corte obrigue a Airbus a fazer ?melhorias técnicas? para que os ?sensores de velocidade não possam mais congelar no futuro?. Se isso não for possível, então os aviões da Airbus devem ser ?guarnecidos com programas para o sistema de controle de voo eletrônico que impossibilite a ocorrência súbita de uma situação de voo descontrolada?.

A carta também levanta a possibilidade de toda a frota de Airbus A330, assim como do modelo irmão A340, seja temporariamente proibida de voar. Mais de 1.000 aviões seriam afetados por tal ordem.

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