Uma família da cidade de Juazeiro, na Bahia, luta para enterrar o corpo de uma jovem que foi assassinada há dois anos e ainda não foi liberado pelo Departamento de Polícia Técnica da cidade por causa do resultado do exame de DNA, que ainda não saiu. De acordor com o órgão, o exame é complexo e sem prazo para conclusão da análise e divulgação do resultado.
Arlene Costa Borges foi morta pelo cunhado, em setembro de 2014. A jovem era garçonete e desapareceu depois de sair da lanchonete onde trabalhava. Quase dois meses depois, o corpo dela foi encontrado em uma bairro da cidade. O suspeito, Wellington da Cruz Bispo, está preso e confessou ter enforcado, estuprado, matado a marretadas e enterrado o corpo de Arlene no banheiro de uma casa em construção.
De acordo com o depoimento de Wellington à polícia na época, a esposa dele, Cláudia Borges, irmã da vítima, era influenciada por Arlene para trair o marido.
"Eu não durmo direito, eu não durmo. Só pensando nisso, nas coisas que aconteceram com ela e ela ainda está em cima da terra. É muita dor para uma mãe", lamenta a mãe da vítima, Maria Borges.
Segundo a família, o Departamento de Polícia Técnica em Juazeiro nunca liberou o corpo de Arlene porque falta fazer um exame de DNA. A família diz que já procurou várias vezes a polícia.
A polícia técnica disse que o corpo que seria de Arlene Costa Borges foi encontrado em estado avançado de decomposição, o que impediu a identificação por impressões digitais. A identificação por arcada dentária também não foi possível porque Arlene não tinha um prontuário odontológico. A polícia técnica informou ainda que o único exame que pode comprovar a identidade do corpo, neste caso, é o de DNA. "Eu quero é enterrar a minha filha e mais nada", apela a mãe.