Militar morreu após cair com copo de vidro porque hospital não tinha médico, diz família

Na queda, Fábio cortou a veia femoral e o sangue jorrou na calçada da orla.

Fábio e Geise | Reprodução
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Um acidente interrompeu de forma trágica o sonho de uma vida em comum de um jovem casal da Ilha do Governador, no Rio. O fuzileiro naval Fábio Gefferson dos Santos Maciel, 33 anos, morreu na madrugada de domingo na saída da sua própria festa de casamento.

O militar da Marinha ficou casado só seis horas. Ele já havia saído da casa de festa Nautilus, na Praia da Freguesia, no mesmo bairro, onde ocorreu a cerimônia religiosa, quando tropeçou e se cortou com taça de champagne que havia guardado no bolso da calça, próxima à virilha.

Na queda, Fábio cortou a veia femoral e o sangue jorrou na calçada da orla. Fábio foi socorrido pelos convidados da festa e encaminhado ao Hospital Municipal Paulino Werneck, na Ilha, mas não resistiu aos ferimentos.

Nesta segunda-feira, amigos e parentes estavam inconsoláveis com a morte precoce do sargento da Marinha. Pareciam não acreditar no que acabara de acontecer.

?Antes de ir embora, ele nos abraçou, agradeceu pela festa. Estava muito feliz. Saiu rindo e brincando na calçada em frente quando caiu e se feriu?, contou Rodrigo Gonzales, proprietário da Nautilus. A celebração reuniu aproximadamente 200 convidados.

O fuzileiro que veio de Manaus para servir na Marinha havia acabado de construir a casa na Ilha para onde se mudaria após a união. A obra ficara pronta há uma semana.

O casamento foi preparado um ano antes e anunciado para os amigos pelo Facebook há seis meses. Pela rede social, os amigos desejaram felicidades aos noivos. Ele agradeceu e postou uma foto ao lado da noiva, Geisa.

Antes de ser levado para o Hospital Municipal Paulino Werneck, o militar foi para a UPA da Ilha. Mas segundo amigos da família, os atendentes disseram que não havia material para sutura. No hospital, familiares disseram que não havia médico. O militar morreu ao chegar lá.

De acordo com o cirurgião José Carlos Pereira Pinto, o militar poderia ter sobrevivido se o atendimento fosse imediato. ?É uma lesão gravíssima. Mas o socorro tem que ser feito pelo especialista, que é o cirurgião vascular?, diz.

A viúva, Geisa Guimarães, está em estado de choque e não para de chamar pelo marido, segundo amigos. ?Foi uma fatalidade que não dá para explicar. O mais difícil foi lembrar a noiva entrando tão alegre na festa e que agora está arrasada?, lamentou o empresário Rodrigo. A Marinha fará o traslado do corpo para a capital amazonense onde Fábio será sepultado nesta terça-feira.

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