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Família de Juliana Marins desiste de cremação e vai enterrar corpo; saiba motivo

Família de Juliana Marins decide pelo sepultamento após obter autorização judicial para cremação. Entenda o motivo e acompanhe o caso.

Família de Juliana Marins desiste de cremação e vai enterrar corpo; saiba motivo | Foto: Rafael Nascimento/g1 Rio
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Familiares da publicitária Juliana Marins, que morreu após cair durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, decidiram, nesta sexta-feira (4), pelo sepultamento da jovem, mesmo após obterem autorização judicial para a cremação. A mudança ocorreu por precaução, diante da possibilidade de novas investigações e necessidade de uma eventual exumação.

"Pedimos ao juiz, por meio da Defensoria Pública, para que a Juliana pudesse ser cremada. Mas o juiz havia negado porque é uma morte considerada suspeita. Então ela teria que ser enterrada caso fosse preciso uma exumação futura", explicou Manoel Marins, pai da jovem.

O velório foi realizado na manhã desta sexta-feira no Cemitério Parque da Colina, em Pendotiba, Niterói. A cerimônia foi dividida em dois momentos: das 10h às 12h, o público prestou as últimas homenagens; das 12h30 às 15h, o acesso foi restrito a familiares e amigos próximos.

Segundo Manoel, a autorização para a cremação chegou nesta manhã. “Fui surpreendido com a notícia de que a Defensoria havia conseguido a liberação para a cremação. Mas já havíamos tomado a decisão de enterrá-la. Então ela será sepultada", afirmou.

Nova autópsia no Brasil
O corpo de Juliana chegou ao Brasil na terça-feira (2) e passou por uma nova autópsia no Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio de Janeiro, na quarta-feira (3). O exame foi iniciado às 8h30 e durou cerca de duas horas e meia. Um laudo preliminar deverá ser entregue em até sete dias.

A análise foi feita por dois peritos da Polícia Civil, acompanhados de um legista federal e do professor de medicina legal Nelson Massini, contratado pela família. Mariana Marins, irmã de Juliana, também acompanhou o procedimento como representante da família.

Mariana agradeceu o apoio que a família recebeu e criticou a demora no resgate — foram quatro dias entre o acidente e a chegada da equipe de socorro até o local onde Juliana estava. “Acredito que houve muita negligência nesse resgate. A gente vai continuar buscando providências”, afirmou.

Ela também comentou o alívio de pelo menos o corpo da irmã ter sido localizado. “Nosso maior medo era que Juliana ficasse desaparecida. Embora o resgate não tenha ocorrido a tempo de salvá-la, saber que ela voltou para casa é muito importante. Sei o quanto isso significa para qualquer família. Quando uma pessoa desaparece, o sofrimento é ainda maior.”

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