Mis de 20 cirurgiões plásticos que atuam no Rio de Janeiro receberam ligações de um homem que se identifica como fiscal da Vigilância Sanitária.
Os telefonemas foram feitos após os casos do médico Denis Furtado, o Dr. Bumbum, da médica Geysa Leal e de Patrícia Silva dos Santos, a Paty Bumbum, ganharem repercussão por envolverem mortes e aplicação ilegal de silicone industrial em procedimentos estéticos.
Do outro lado na linha, o homem se identifica como Alvaro Ribeiro e oferece certificados que atestam que as clínicas estão aptas para funcionamento. Os valores nunca são negociados no primeiro contato, mas podem chegar a 30 mil.
Uma cirurgiã sócia de uma clínica na Tijuca contou que o falso agente liga ameaçando, citando o caso do Dr. Bumbum e dizendo que vai fazer uma vistoria com acompanhamento da imprensa. Para que o caso seja resolvido de uma forma mais tanquila, ele pede dinheiro e diz que pode emitir o documento sem precisar, ao menos, ir até o local.
"Ele ligou dizendo que estava ligando para avisar antes da tal vistoria porque tem amigos em comum com meu sócio e que queria facilitar as coisas pra gente. Disse que a vistoria seria 'da grossa', que levaria emissoras de TV e que iria confiscar tudo e fechar a empresa porque não ia ter conversa", explicou a médica.
A Vigilância Sanitária do Rio informou que já está ciente do caso. Disse ainda que, além de Alvaro, existem vários outros homens se passando por fiscais, que se identificam geralmente como Orlando, José Carlos e Rogério, e que ameaçam além de médicos, comerciantes, por conta da nova Lei do Canudinho.