A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou buscas em um imóvel do segundo sargento da Aeronáutica Manoel Silva Rodrigues, no Distrito Federal. O militar fazia parte da comitiva do presidente Jair Bolsonaro em viagem ao Japão e foi preso no aeroporto da Espanha por transportar 39 quilos de cocaína na bagagem.
A diligências no apartamento ocorreram nessa segunda-feira (1º) e foram autorizadas pela Justiça Militar. O resultado da operação está sob sigilo e, por isso, a instituição não informou se algo foi apreendido.
O militar foi detido em 25 de junho, na cidade de Sevilha, ao desembarcar do avião da FAB. Ele fazia parte da comitiva do que acompanhou o presidente Bolsonaro à reunião da cúpula de líderes do G20, grupo que reúne as 20 principais economias do mundo
Além do inquérito policial militar aberto para investigar o suposto tráfico de drogas, a FAB também abriu um processo administrativo para apurar possíveis irregularidades no uso de um imóvel funcional pelo sargento.
A Força Aérea também não deu detalhes sobre esse processo, mas informou que o militar preso é permissionário de um apartamento da União em Brasília. A investigação está em andamento.
Apesar da investigação da FAB sobre o imóvel funcional, Rodrigues não morava no apartamento cedido pelo governo a ele.
Na verdade, ele vivia em Taguatinga, região a quase 30 quilômetros do centro de Brasília, em apartamento comprado em 2017. O imóvel é avaliado em R$ 180 mil. O sargento também tem uma moto e um carro registrados em nome dele.
Trajetória
O sargento Rodrigues teve a vida investigada pela Inteligência brasileira antes de entrar para o Grupo de Transporte Especial da FAB, em 2010.
Ele se mudou para Brasília em 1998. Em 2000, começou a trajetória na Aeronáutica. Quatro anos depois, Rodrigues prestou o concurso da FAB para taifeiro – profissional dedicado ao serviço de copa, mesa e camarotes oficiais. O militar foi aprovado em 6º lugar.
No ano seguinte, em 2005, fez o curso de formação de comissário de bordo. Agora, ele aguarda o julgamento do processo na Justiça em uma penitenciária espanhola.
(Com informações do G1)