Extremos climáticos já causaram perdas de R$ 6,6 bilhões ao agronegócio

Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), número ainda deve crescer porque a seca está em curso

Extremos climáticos já causaram perdas de R$ 6,6 bilhões ao agronegócio | Foto Blog Agrishow Digital
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Extremos climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na região Norte, já causaram prejuízos de pelo menos R$ 6,67 bilhões ao agronegócio brasileiro. As enchentes no Rio Grande do Sul, em abril e maio, resultaram em perdas de R$ 5,4 bilhões na agricultura e pecuária, enquanto a seca na região Norte já causou danos de quase R$ 1,3 bilhão, com expectativa de aumento conforme novas informações surjam, segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). (As informações são do Globo Rural)

ESTAÇÃO SECA JÁ CHEGOU NA AMAZÔNIA

Na Amazônia, ribeirinhos relatam que a estação seca chegou mais cedo, mas, segundo Ana Paula Cunha, do Cemaden, a seca, na verdade, nunca foi embora e já dura um ano em várias regiões. Na comunidade Santa Helena do Inglês, em Iranduba (AM), onde a economia depende da mandioca e da pesca, os ribeirinhos, liderados por Nelson Brito, estão armazenando água para enfrentar o período mais crítico da seca, previsto para setembro. 

A pesquisadora do Cemaden diz que, nos últimos dez anos, as secas estão se repetindo em intervalos cada vez mais curtos na Amazônia, no semi-árido e no Pantanal. 

 PANTANAL

O Pantanal também enfrenta a falta de chuvas e incêndios, com 1,2 milhão de hectares queimados no Mato Grosso do Sul este ano, incluindo pastagens e infraestruturas. A seca reduz o alimento disponível para o gado, levando produtores a venderem fêmeas para abate. O governo estadual solicitou crédito emergencial à Sudeco para apoiar os produtores afetados. 

ENCHENTES

No Rio Grande do Sul, onde produtores com perdas acima de 30% terão descontos nas dívidas de crédito rural, a Emater/RS estima que 206 mil empreendimentos rurais em 405 municípios foram afetados pelas enchentes. 

Em Estrela, município de 32 mil habitantes, a comunidade de Arroio do Ouro foi devastada, com terras cobertas por lama e areia, além de casas e estruturas destruídas. Embora grande parte da produção de grãos já tivesse sido colhida, as áreas de soja ainda no campo na região central e sul do Estado sofreram perdas significativas.

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