Ex-presidente do Egito morre após passar mal em tribunal

Figura de destaque na Irmandade Muçulmana, ele enfrentava diversos processos e estava preso desde julho de 2013

| Reuters/Mike Segar
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O ex-presidente do Egito Mohamed Morsi morreu, informou nesta segunda-feira (17) uma TV estatal egípcia, segundo a agência de notícias Reuters. Com informações do G1.

De acordo com o anúncio, Morsi desmaiou após uma sessão de um tribunal e morreu em seguida. Seu corpo foi levado a um hospital.

Figura de destaque na Irmandade Muçulmana, ele enfrentava diversos processos e estava preso desde julho de 2013.

Morsi foi presidente do Egito por cerca de um ano. Ele foi eleito democraticamente depois da revolução de 2011 no Egito, mas foi derrubado em julho de 2013 pelo então general Abdel Fattah al-Sisi, agora presidente, após protestos em massa contra o seu governo.

Desde que foi destituído pelo Exército, Morsi foi condenado a um total de 45 anos de prisão por dois casos: incitação à violência contra os manifestantes no final de 2012 e espionagem a favor do Catar.

Além disso, é julgado em outros dois processos após a anulação de dois veredictos contra ele: uma sentença de morte e uma à prisão perpétua.

A Irmandade Muçulmana, organização à qual Morsi pertencia, foi tornada ilegal pelo governo do Egito.

Reuters/Mike Segar 

Ex-presidente passava 23 horas por dia em solitária

Em 2018, um comitê de três parlamentares ingleses publicou um relatório que dizia que Morsi era mantido em solitária durante 23 horas por dia.

As condições da prisão de Morsi eram semelhantes à de tortura, e que poderiam levá-lo à morte.

O ex-presidente egípcio tinha um histórico de problemas de saúde, era diabético e teve problemas no fígado e nos rins. Ele não recebia tratamento médico adequado, de acordo com os ingleses.

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