Ex-­prefeito Delano Parente será transferido para penitenciária

Delano Oliveira Parente foi preso no dia 04 de julho de 2016.

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O ex-­prefeito do município de Redenção do Gurgueia, Delano Parente, preso em julho de 2016 durante a Operação Déspota deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público Estadual, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, será transferido para um presídio. Delano Parente, que não possui mais foro por prerrogativa de função, sairá do Corpo de Bombeiros, onde segue preso, para um penitenciária na capital. 

Segundo o procurador de justiça, Rômulo Cordão, o prefeito Delano Parente, seus secretários, inclusive o seu pai, e empresário, formaram um esquema de fraudes em licitações vencidas por empresas fantasmas que não forneciam os serviços para a população, superfaturava os preços para obras públicas. 

O esquema de corrupção montado por fraudes de licitações em Redenção do Gurgueia, causou prejuízo aos cofres públicos, do município, no valor de R$ 17 milhões.

As empresas não dispunham de sede em funcionamento ou de qualquer estrutura para fornecer as mercadorias compradas ou prestar os serviços contratados. Todas as transações, então, eram forjadas, com o intuito de “lavar” o dinheiro público empregado nos pagamentos. As práticas efetivadas configuram ainda crimes contra as licitações e peculato, além de corrupção ativa e passiva.

As investigações foram desencadeadas pela Promotoria de Justiça de Redenção do Gurgueia, há cerca de sete meses. A partir das denúncias encaminhadas por vereadores do município, o órgão acionou o GAECO, que por sua vez constatou a existência de fortes indícios de fraude em licitações, com superfaturamento de preços, emissão de notas fiscais frias, utilização de “empresas de fachada” e lavagem de dinheiro. “Após um amplo trabalho de investigação, o Ministério Público detectou as operações de uma verdadeira organização criminosa, com o envolvimento do prefeito, secretários municipais, servidores, empresários e advogados”, informou o Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Alves de Moura.

“Ao todo, estão sendo investigadas quarenta pessoas e sete empresas. Os prejuízos aos cofres públicos devem chegar à casa dos milhões”, pontuou o chefe do MPPI.

As investigações incluíram a aplicação de procedimentos como interceptações telefônicas, quebra do sigilo bancário e fiscal dos suspeitos e oitiva de testemunhas.

“Uma das principais bandeiras do Ministério Público é o combate à corrupção. Sem dúvida, a Operação Déspota é um marco, pois evidencia a eficácia da atuação do GAECO e a capacidade de articulação entre os órgãos de controle e as corporações policiais, sempre no propósito de proteger o patrimônio público”, declarou o Procurador-Geral de Justiça, Cleandro Moura.

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