O ex-inspetor da polícia portuguesa, Gonçalo Amaral, e os pais da britânica Madeleine McCann se disseram nesta quarta-feira (10) favoráveis à reabertura do processo sobre o desaparecimento da criança, arquivado em 2008 pela Justiça de Portugal.
Amaral admitiu essa possibilidade durante a última sessão do julgamento em que Kate e Gerry McCann o acusam de difamação pela publicação do livro Maddie - A verdade da Mentira. Nele, o ex-agente vincula os pais com uma possível morte e ocultação do corpo da criança.
Após a audiência final do julgamento, cuja sentença será dada a partir da próxima semana, Amaral anunciou que vai "reagir" e que deseja ser "assistente do processo principal", para o que estudará a forma legal de fazê-lo.
Já Gerry McCann disse à imprensa que não tem "nenhum problema com a reabertura do caso", embora tenha ressaltado "a necessidade de que uma investigação real seja feita".
Ultimo dia do julgamento
Os McCann e o ex-inspetor que dirigiu a investigação sobre o desaparecimento da menina, em maio de 2007 em Portugal, participaram do último dia do julgamento, que decidirá sobre a manutenção ou não do veto à publicação do livro de Gonçalo Amaral. O pai de Madeleine insistiu que continua, junto a mulher, buscando a filha e pediu cooperação.
- Porque é difícil não significa que vamos nos render. Nós não vamos nos render, não há provas de que Madeleine esteja morta.
O julgamento, no qual os pais de Madeleine pedem 1,2 milhão de euros (R$ 3,07 milhões) em indenização por calúnias, aconteceu no Tribunal Civil de Lisboa. O advogado de Amaral, Antonio Cabrita, explicou que o livro conta "a história da investigação" e assegurou que há um DVD das autoridades portuguesas que aprova a versão do ex-policial.
- Talvez o que o livro diga se aproxime perigosamente daquilo que é verdade.