Roger Stone, o estrategista político do Partido Republicano que atuou como assessor na campanha eleitoral de Donald Trump e foi preso na manhã desta sexta-feira (25), foi liberado da prisão. Ele deixou o cárcere no início da tarde, e, segundo a CNN, a Justiça arbitrou US$ 250 mil de fiança.
A investigação faz parte de uma apuração maior sobre um possível conluio entre a campanha eleitoral de Trump e a Rússia.
"Eu não vou testemunhar contra o presidente", disse Roger Stone, que nega as acusações.
Stone foi preso pelo FBI na Flórida e acusado pela justiça americana em um documento de 24 páginas que lista sete contagens de três crimes na denúncia contra Stone, sendo que cinco deles são de falso testemunho, relativos a declarações que Stone deu durante investigações sobre o envolvimento da organização Wikileaks na divulgação de dezenas de milhares de documentos roubados do comitê nacional do Partido Democrata durante a campanha presidencial de 2016.
O estrategista também foi denunciado por "obstrução de procedimento" e por corromper uma testemunha para que ela prestasse falso testemunho nas investigações.
Stone teria "feito esforços de maneira corrupta para influenciar, obstruir e impedir o exercício devido e apropriado do poder de investigação sob o qual qualquer apuração e investigação feita pela Câmara e qualquer comitê da Câmara ou comitê conjunto com o Congresso".
Ele também teria prestado falso testemunho e deixado de entregar documentos e mentir sobre a existência de documentos exigidos pelo comitê de inteligência da Câmara dos Representantes em Washington.
Segundo a agência Reuters, o advogado de Stone, Jay Sekulow, afirmou que a acusação da justiça federal não fala em conluio com a Rússia, e foca nas declarações falsas feitas pelo estrategista em depoimentos no congresso americano.
A investigação faz parte de uma apuração maior sobre um possível conluio entre a campanha eleitoral de Trump e a Rússia.
Após a prisão, o presidente americano usou seu perfil no Twitter para comentar a notícia. "A maior caça às bruxas da história do nosso país!", afirmou ele, ressaltando que "coiotes de fronteira, traficantes de drogas e traficantes de pessoas são tratados de forma melhor". Ele também apontou ao fato de que a rede de televisão CNN foi alertada com antecedência da prisão, já que o canal veiculou um vídeo do momento em que Stone foi detido.
Documento de 24 páginas
No total, a denúncia divulgada pela justiça americana lista sete contagens de três crimes na denúncia contra Stone, sendo que cinco deles são de falso testemunho, relativos a declarações que Stone deu durante investigações sobre o envolvimento da organização Wikileaks na divulgação de dezenas de milhares de documentos roubados do comitê nacional do Partido Democrata durante a campanha presidencial de 2016.
O estrategista também foi denunciado por "obstrução de procedimento" e por corromper uma testemunha para que ela prestasse falso testemunho nas investigações.
De acordo com o documento de 24 páginas, Stone teria "feito esforços de maneira corrupta para influenciar, obstruir e impedir o exercício devido e apropriado do poder de investigação sob o qual qualquer apuração e investigação feita pela Câmara e qualquer comitê da Câmara ou comitê conjunto com o Congresso".
Stone teria prestado falso testemunho e deixado de entregar documentos e mentir sobre a existência de documentos exigidos pelo comitê de inteligência da Câmara dos Representantes em Washington.
Conversas sobre e-mails roubados
Segundo a Associated Press, a denúncia apresentada por Robert Mueller não acusa Stone de coordenar com o governo russo a interferência na eleição de 2016, o tema principal da investigação do procurador.
Mas o documento detalha conversas tidas por Stone sobre os e-mails do Partido Democrata publicados pela Wikileaks nas semansa anteriores à vitória de Trump sobre Hillary Clinton.
Segundo a agência de notícias, o escritório de Mueller afirmou que esses e-mails, que pertenciam ao chefe da campanha de Hillary, John Podesta, foram hackeados por agentes de inteligência russos.