A Guarda Costeira dos Estados Unidos divulgou nesta semana um vídeo que mostra o momento em que seus membros abordaram um submarino suspeito de transportar toneladas de drogas. Nas imagens é possível ver os guardas gritando para a embarcação e pulando no submarino em movimento.
O episódio aconteceu em 18 de junho durante operação em águas internacionais do leste do Pacífico, mas o vídeo foi divulgado apenas nesta semana. Segundo a Guarda Costeira dos EUA, o submarino transportava cerca 39 mil libras equivalente a 17 toneladas de cocaína. Os guardas pularam sobre o submarino em movimento, forçaram a abertura da comporta e conseguiram a rendição dos traficantes.
A Guarda Costeira identificou o submarino, que é projetado para passar despercebido sob as águas, com ajuda de uma aeronave que repassou a informação para os agentes em solo. Quando souberam a localização exata da embarcação, os guardas lançaram dois pequenos barcos em alto mar e conseguiram alcançar o submarino sem serem identificados.
Havia cinco pessoas a bordo, que foram levadas para a agência antidrogas dos EUA para responder a processo.
A quantidade da cocaína apreendida corresponde no mercado negro a cerca de 232 milhões de dólares, informa mídia. O Presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu à publicação do vídeo. Ele publicou um relatório da Guarda Costeira comentando: "Você acredita neste tipo de coragem?"
Segundo o porta-voz da Guarda Costeira, Stephen Brickey, à CNN, houve um aumento nos últimos quatros anos de cartéis de drogas das Américas Central e do Sul que usam submarinos semi-submersos para contrabando de drogas.
Essas embarcações são caras. Uma vez cheia de drogas, elas são impossíveis de detectar sem um trabalho de inteligência ou aeronaves, disse Brickey. Segundo ele, o submarino é pintado de azul em uma tentativa de se camuflar na água.
Mesmo após identificar os contrabandistas, a Guarda Costeira precisa ser rápida na abordagem, pois o submarino é projetado para afundar em alta velocidade e destruir as evidências. Os agentes conseguem deter cerca de 11% dos contrabandos em submarinos que passam pelo leste do Pacífico, disse Brickey, uma área que tem o mesmo tamanho do território americano.