Estudantes criam lixeira sensorial para pacientes do Ceir

Lixeira foi doada ao Ceir para beneficiar os pacientes

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Alunos do Centro de Ensino em Tempo Integral (Ceti) José Pereira da Silva, localizado na zona norte de Teresina, desenvolveram o protótipo de uma lixeira sensorial adaptada para pessoas com deficiência, que foi doada para o Centro Integrado de Reabilitação (Ceir).

A lixeira sensorial foi produzida pelos estudantes da turma de robótica, Delziane Soares, 18 anos; Carlos Eduardo Braga da Cruz, 17 anos; e Gabriel Lima da Silva, 19 anos; sob orientação da professora de Física, Carla Silva dos Santos, e do professor de Biologia da Uespi, Uesley Siva Leão.

O objetivo inicial do projeto era beneficiar o estudante Francisco Domingos Fonseca Costa, 23 anos, que também é paciente do Ceir. No entanto, Domingos decidiu, com os colegas do projeto, doar a lixeira para o centro com a finalidade de ser útil para os demais pacientes.

"Nossa equipe trabalha com robótica e, além da parte teórica, aprendemos também a parte prática. Houve uma proposta de projeto em que a intenção era beneficiar o Domingos, que é cadeirante. Nossa intenção maior é a inclusão social. Aprendemos e montamos o equipamento por um baixo custo para o Domingos e agora ele está disponível para todos os pacientes do Ceir", comemora a estudante Delziane Soares.

Com a presença de educadores e alunos do centro de ensino e do paciente do Ceir, os gestores receberam o protótipo da lixeira na segunda-feira (17) e conheceram como funciona o sistema sensorial, que traz mais conforto, higiene e qualidade de vida ao usuário.

"É um problema simples, que poderia ser facilmente resolvido. Por exemplo, essa questão de urinar por meio do Coletor Descartável para Cateterismo, muitos pacientes podem ter infecção urinária devido ao acesso direto com a lixeira comum. Então isso deveria ser parte da Lei da Inclusão Social e ter pelo menos uma lixeira sensorial em cada departamento", acredita o estudante Francisco Domingos.

Na oportunidade, a professora Carla dos Santos fez uma demonstração da utilização da lixeira e explicou que, por ser de baixo custo, todo departamento pode construir uma com materiais acessíveis. "Com um valor de R$ 50, você constrói uma lixeira sensorial ou até com menos, se já tiver uma lixeira, basta adaptá-la", diz a docente.

A iniciativa faz parte do projeto Eco-Robótica, conforme explica a professora. "O projeto Eco-Robótica surgiu no Ceti José Pereira da Silva, no ano passado, aliando tecnologia e preservação do meio ambiente. A nossa escola é toda acessível e nossa proposta de inclusão com a lixeira foi contemplar e fortalecer essa acessibilidade, acolhendo e socializando alunos com necessidades especiais. Por meio do projeto, também conseguimos uma bolsa de iniciação científica com a Fapepi", destaca Carla.

Como forma de agradecimento pela doação, a equipe da Associação Reabilitar, responsável pela administração do Ceir, entregou um Certificado de Gratidão em homenagem aos alunos e educadores do Ceti José Pereira da Silva, da mesma forma que presentearam os envolvidos no projeto com o livro do Ceir "Um Lugar no Céu".

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