O estudante Willys Cardoso ingressou no curso de Tecnologia em Análise de Sistemas no ano de 2016, no Instituto Federal do Piauí, Campus de Floriano, mas as dificuldades em participar das aulas fizeram com que ele suspendesse os estudos. O motivo é falta de intérpretes de Libras, que, desde 2018, prejudica a garantia de entendimento das aulas.
Entre os três intérpretes que atuavam no Instituto, dois deles contratados por tempo indeterminado, tiveram seus vínculos encerrados, enquanto o outro pediu exoneração do quadro da instituição. Desde então, a comunicação entre professores e alunos surdos ficou impossibilitada.
O estudante conta que o Instituto tem tentado suprir a necessidade. “O campus tem tentado amenizar a situação com a monitoria de Libras, onde os alunos com maior afinidade em Libras me ajudam em sala de aula”. Apesar dos esforços, os períodos dos monitores chegaram ao fim, e para Willis ficou praticamente impossível assistir às aulas, por não entender o que estava se passando em sala.
Em nota, o Instituto de Federal do Piauí, Campus Floriano, declarou que a reposição das vagas foi solicitada, por diversas vezes, ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG), órgão responsável por autorizar a contratação desses profissionais.
“O Campus Floriano e a Reitoria lamentam a situação e garantem que continuam se esforçando para conseguir resolver a situação o mais breve possível. O Instituto reforça, ainda, seu compromisso com a oferta de uma educação inclusiva, de excelência e direcionada às demandas sociais”, informa a nota.
Odimogenes Soares, diretor do IFPI Floriano, fala sobre o andamento da situação. “Essa semana tive uma informação de que o governo liberou e o IFPI vai fazer concurso, ainda neste semestre, para a contratação de um intérprete de Libras para o Campus Floriano”, confirmou.