Estudante sofre racismo por 'não ser branquinha de cabelos lisos'

A jovem foiu vítima de racismo enquanto esperava na fila do banco.

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A estudante do curso de Medicina da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) de Santo Antônio de Jesus, na Bahia, Débora Reis, de  29 anos, usou seu perfil no Facebook para relatar agressões que sofreu relacionadas à sua cor. A jovem foi vítima de racismo enquanto esperava na fila de um banco.

Débora estava na fila quando uma senhora que estava ao seu lado fez a seguinte pergunta: “Você estuda história? É impressionante como a carreira define a pessoa…”, perguntou. A jovem respondeu: “Eu não, faço medicina”. Nesse momento, a mulher faz um comentário racista: “Minha nora também faz medicina, mas ela tem cabelos lisos, olhos claros e é bem branquinha".

“Por que a pergunta? Não pareço fazer medicina por não ter cabelos lisos e ter cara de pobre?”, diz a estudante. “Não, porque geralmente quem faz esses cursos se veste de outra forma e hoje em dia até filho de faxineiro pode estudar”, respondeu a senhora.

Na publicação, que foi compartilhada no Facebook, a estudante relata ainda que chegou a chorar: “Ao ouvir a declaração de que seres humanos, por serem negros, não têm cara de médico, doeu e eu chorei”.

Nos comentários, internautas apoiaram Débora e repudiaram o ato descriminatório. “Que horror. Pessoa pequena. Só com muita paciência pra ouvir uma barbaridade dessas e conseguir manter o controle. Não sei onde vamos parar com tanto preconceito, com tanta falta de respeito ao próximo”, escreveu uma internauta.

“Choro em ler este depoimento seu. Assim como você, não consigo entender e muito menos aceitar este tipo de comentário racista e medíocre”, publicou outra.

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