O bebê de apenas 11 meses que, segundo a família, foi agredido em uma creche municipal de Iguape, no litoral de São Paulo, ainda sofre com as marcas espalhadas pelo corpo. Segundo a mãe da menina, Dayara Barros, desde que as marcas apareceram a menina não consegue tomar banho. A família pretende levar a bebê em um psicólogo infantil para tentar reverter o trauma. A prefeitura ainda aguarda a investigação da Polícia Civil para concluir o que realmente aconteceu.
Segundo Dayara Barros, mesmo uma semana depois do ocorrido, ela não consegue dar banho normalmente na filha, como fazia antes. "Não consigo dar banho. Ela não deixa a gente colocá-la sentada na banheira.
Se fizermos isso ela começa a chorar. Temos que lavá-la de outras maneiras. Nos próximos dias vamos até um psicólogo infantil, porque ela está traumatizada", explica.
Dayara conta que algumas marcas da agressão ainda podem ser vistas nos braços da menina. "Os hematomas já estão melhores, bem clarinhos, mas as unhadas nos ombros ainda são bem nítidas", descreve.
A rotina da família também foi alterada depois da suposta violência. "A menina agora está ficando com a minha sogra. Ela ia para a creche porque eu e meu marido ficamos o dia inteiro fora, mas agora ninguém consegue trabalhar direito. Isso mudou a nossa rotina completamente", diz Dayara.
A mãe da criança agora espera por Justiça. "Procuramos a diretoria da creche e falamos até com o prefeito, que me garantiu que vai apurar o que aconteceu. Mas até agora ninguém da prefeitura procurou a gente para dar um apoio. Eu estou indignada. Ela é um bebê. Como mãe, eu quero saber quem fez isso, quero a verdade, e o responsável tem que pagar. A gente precisa de uma resposta. Estamos todos angustiados", lamenta.
Outro lado
De acordo com nota divulgada pela assessoria de imprensa da Prefeitura de Iguape, o departamento jurídico não antecipará a abertura de processo administrativo porque aguarda a apuração dos fatos pela autoridade policial, referente aos nomes indicados dos supostos agressores e provas mencionadas, para que não sejam cometidas injustiças.
Ainda segundo a nota, os pais da criança em questão procuraram o prefeito em sua residência e tiveram a garantia de que se houver culpado, a pessoa será punida por meio de processo administrativo, mas se ficar comprovado falsa notícia de crime, as devidas providências serão tomadas.