“Está traumatizada”, diz pai de jovem que teve perna amputada

Pai teve que assinar o termo para que a perna fosse amputada.

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João Defendi é pai de Priscila do Carmo Rezende, de 23 anos, que perdeu a perna esquerda após ser atingida por uma roda de ônibus que se desprendeu do veículo na última terça-feira (10), em um trecho da Via Verde, em Rio Branco. Como a jovem está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ele visitou a filha pela primeira vez desde a amputação nesta quarta-feira (11) e afirma que a família está se esforçando para superar o incidente.

"Ela [Priscila] ainda vai ficar na UTI, mas está se recuperando muito bem. Está traumatizada, para uma moça jovem é uma situação complicada. Mas ela está superando", afirma o senhor sobre o estado da filha.

O pai de Priscila foi quem assinou o termo de responsabilidade que permitiu que a moça tivesse a perna amputada. Ele conta que foi um ato difícil, mas necessário para salvar a vida da filha.

Defendi diz que a filha é uma moça ativa e trabalhadora. Única mulher da família, ela ajudou a criar os irmãos e auxilia o pai na empresa. "Nós trabalhamos todos juntos, ela cuida da casa, sai comigo para entregar as areias. No fim de semana, ainda trabalha como manicure. Estou preocupado com a adaptação dela daqui para frente", afirma.

Ela estava indo com um irmão resolver problemas de documentação quando o acidente aconteceu. A família ainda não decidiu quais os procedimentos vai tomar. "No momento estamos apenas preocupados com a saúde dela. Mas vamos pedir para o caso ser investigado antes, para tomar alguma decisão", falou João.

Defendi conta que a empresa entrou em contato com a família e disse que iria arcar com todas as despesas médicas. "Eles ligaram para saber se podiam fazer visita, mas eu disse que não porque ela está na UTI. Ele falou que a empresa vai arcar com as despesas, mas só isso. Não sei nem quem são essas pessoas", afirmou.

O pai de Priscila diz que este é um momento muito chocante para toda a família e amigos, porém que eles vão superar as dificuldades. "Estamos abalados, mas não é por isso que vamos abaixar a cabeça, temos que seguir em frente", diz.

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