A não conclusão de dois ramais de esgotos, localizados no bairro Cidade Nova, na zona Sul de Teresina, está prejudicando os moradores das proximidades com o problema. Um dos ramais, inclusive, ameaça o alicerce de uma casa, pelo fato de as águas servidas e que deveriam escoar pelo ramal caírem no grotão, ao lado da residência, na Rua México. A dona de casa e comerciante Lenilse Moura Costa se diz a maior prejudicada com a situação.
Ela relata que, para sua casa não cair, teve que gastar muito dinheiro com a compra de material de construção, tipo: areia, massará, pedras, arames, entre outros, para reforçar as paredes laterais e principalmente parte do alicerce, que está sendo descoberto, devido as fortes chuvas, ocorridas este ano. ?Quando chove, piora muito, porque a correnteza é maior do que no dia a dia, com as águas servidas. Tem noite que nem durmo com medo da casa desabar. Já gastei muito em material de construção. Agora apelo para a Prefeitura de Teresina, através da Superintendência de Desenvolvimento Urbano Sul (SDU/Sul), para que faça alguma coisa para impedir a erosão do terreno, construindo o ramal, para que este chegue a galeria já existente?, comenta .
Para piorar ainda mais a situação da comerciante, ela conta que foi multada pelos fiscais da prefeitura, pelo fato de ter colocado parte do material de construção, destinado aos reparos da casa, do lado do grotão, na calçada da casa, e uma parte de um lado da rua. ?Não dá para entender, a gente gasta o dinheiro do nosso bolso, para arrumar a casa, para que ela não desabe, e ainda é multada. Sendo que o concreto que eu mandei fazer foi colocado na parte do grotão, ou seja, ao mesmo tempo eu estou construindo uma parede de concreto, que contribui para melhorar o escoamento das águas, dentro do grotão?.
Outro grande problema que ?acompanha? o grotão e a falta do ramal na Rua México é o lixo que se acumula no local, jogado por moradores do bairro e também por pessoas de outros locais. O lixo e as águas servidas e das chuvas se misturam e causam fedentina, proliferação de mosquitos, entre eles o mosquito da dengue. ?Já lutei muito contra esse lixão que está se formando, mas de nada adianta. E para não ficar de mal com as pessoas que jogam e que moram no meu bairro, o jeito é ficar calada e pedir ajuda ao poder público?, enfatiza a moradora Lenilse Moura, acrescentando que solicitou uma placa de advertência da prefeitura, para instalar no local, mas nunca foi atendida.
O problema do lixo é algo que a população do bairro Cidade Nova não suporta mais, principalmente em ruas movimentadas, ou muito próximas de residências. Na Rua Costa Rica, por exemplo, o lixo está se formando em um terreno baldio, localizado entre as Ruas Peru e a Argentina.
O terreno é baldio e o lixo passou a ser depositado no local há pouco tempo. ?As pessoas acham que pelo fato de terreno ser aberto, ou melhor, sem muro ou cerca, elas podem jogar lixo aleatoriamente. Sendo que o carro do lixo passa três vezes por semana pelas ruas do Bairro Cidade Nova. Portanto, não há necessidade de as pessoas jogarem lixo nas ruas?, comenta a moradora Ângela Pereira.
Ela lembra que muitas vezes chegou a flagrar carroceiros jogando lixo no local , durante o dia. E à noite, segundo ela, é comum chegarem carros, as pessoas abrirem os porta-malas, retirarem lixo e até mesmo animais mortos, e deixarem às margens do terreno citado. O presidente da Associação de Moradores do Bairro Cidade Nova, Reginaldo Mariano Pereira, diz que já reclamou do terreno baldio, mas antes de o local se tornar depósito de lixo.
?Eu reclamei pelo abandono do terreno, que agora também está servindo de depósito de lixo. Então, nós moradores gostaríamos de fazer um apelo à SDU/Sul, para que mande limpar esse terreno ou providencie para que o proprietário o faço, porque essa situação está prejudicando a todos na nossa comunidade, principalmente aqueles que residem nas proximidades do terreno?, diz Reginaldo Mariano.