As escolas estaduais que durante 28 dias estiveram paralisadas total ou parcialmente devido à greve dos professores retornam nesta segunda às atividades normais. Cerca de 100 mil alunos que estavam prejudicados com a mobilização que atingiu 40% das unidades escolares iniciarão, de fato, o ano letivo.
Como grande parte das escolas não aderiu a greve totalmente, a Secretaria de Estado da Educação anuncia esta semana um calendário base para que cada unidade escolar planeje seu próprio calendário letivo de acordo com sua necessidade de reposição de aulas.
"Nós temos escolas que estão funcionando normalmente desde o início do período letivo, em fevereiro. Outras pararam apenas alguns professores, atrapalhando determinadas disciplinas. Com isso, o que nós estamos fazendo é um calendário mais estendido e com outras opções para as escolas reporem as aulas perdidas e cumprirem os 200 dias letivos que são determinados pela Lei de Diretrizes e Base da Educação", comentou a secretária da Educação, Rejane Dias. As opções citadas pela secretária são: sábados letivos, utilização do contraturno e extensão do período letivo. As escolas podem optar por uma ou mais formas de reporem as aulas.
Sábados e contraturno
As escolas poderão usar os sábados disponíveis entre os meses de abril e julho e também entre agosto e dezembro. No calendário a ser divulgado esta semana vão constar as datas exatas de cada sábado letivo. A diretora de inspeção escolar, Ana Rejane Barros, explica que o contraturno só poderá ser utilizado por algumas escolas, por exemplo, as que tiverem salas ociosas em outros turnos.
Outra opção das escolas é avançar sobre o recesso de duas semanas que as unidades terão em julho. No final do ano, a calendário que encerraria dia 21 de dezembro agora vai até o dia 29. "Mas apenas as escolas que precisam destes dias extras devem utilizá-los. Quem não entrou em greve e conseguiu encerrar os 200 dias letivos no dia 21, pode encerrar o ano normalmente", ressaltou Ana Rejane Barros.
Seduc pede que pais busquem informações nas escolas
Cada escola da rede estadual afetada pela greve dos professores terá calendário de reposição adequado às suas necessidades. Por este motivo, a Secretaria de Estado da Educação pede para os pais buscarem as diretorias das unidades em que seus filhos estão matriculados para pedir informações sobre como ficarão os dias letivos.
Este procedimento deve ser feito principalmente nas escolas em que houve adesão total ou parcial à greve. "Peço que, após a divulgação do calendário de reposição e o planejamento de cada escola, os pais se dirijam até a diretoria para serem informados sobre como as aulas serão repostas e sobre as novas datas", comentou a secretária da Educação, Rejane Dias.
A diretora de inspeção escolar, Ana Rejane Barros, explicou que a partir desta semana as escolas estarão recebendo as regras e o calendário para reposição de aulas. Cada unidade terá cerca de uma semana para elaborar um documento informando à Seduc como será executada a reposição.