Como parte do plano de enfrentamento ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) iniciou hoje (06) a visita aos imóveis fechados com suspeita de focos do mosquito. A primeira casa visitada ficava localizada no bairro Sacy, zona Sul da capital.
A ação cumpre o decreto de emergência em saúde pública assinado pelo prefeito Firmino Filho, que autoriza as autoridades sanitárias e os agentes de combate às endemias diretamente responsáveis pelas ações de resposta ao combate ao Aedes aegypti, em caso de risco iminente, adentrar as casas, imóveis comerciais ou não, a qualquer hora do dia e da noite, mesmo sem o consentimento do morador para adotar os procedimentos técnicos para combater o mosquito.
“Para esta primeira ação não foi necessária a entrada forçada da equipe, pois o dono se encontrava no local e autorizou nossa visita, sendo notificado por meio de auto de infração”, afirma Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da FMS. “Porém, se for necessário, a FMS trará um chaveiro para que possamos adentrar o imóvel e realizar a devida inspeção e limpeza, eliminando os possíveis criadouros que encontrarmos por lá”, explica ela. Outras visitas estão programadas para as próximas semanas.
Os imóveis que deverão ser vistoriados pela FMS de forma forçada são identificados através do trabalho rotineiro dos agentes de endemia e médicos veterinários, bem como aqueles que são identificados por meio de denúncias da comunidade através do telefone, pelo aplicativo Colab e pelo Disque Dengue (0800 286 0007). Serão vistoriados aqueles imóveis que apresentam maior vulnerabilidade em relação aos focos do mosquito Aedes aegypiti e representam risco para a coletividade. As visitas forçadas acontecerão sempre às terças e quintas, nos turnos manhã e tarde.
Dezenas de garrafas pet foram recolhidas no quintal da casa visitada, bem como restos de material de construção. Oriana relembra a importância de evitar este tipo de acúmulo de lixo, com atenção redobrada a qualquer objeto que possa acumular água, pois o Aedes aegypti deposita seus ovos nestes recipientes.
A escolha da casa foi determinada por meio de denúncia recebida pela Gerência de Zoonoses da FMS. Qualquer pessoa pode denunciar. “Devemos estar atentos não apenas às nossas casas, como também à nossa vizinhança. O combate ao mosquito da dengue, zika e chikungunya é um trabalho realizado em conjunto, e se todos colaborarmos podemos reduzir os números de casos desta doenças e também de suas consequências, como a microcefalia”, alerta o presidente da FMS Francisco Pádua.