Equipes acham 7º corpo em escombros de prédios no Rio, mas 20 estão desaparecidos

Não foram informados detalhes sobre a última vítima localizada.

Bombeiros carregam sétimo corpo encontrado em escombros de prédios no Rio. | Victor R. Caivano
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Subiu para sete o número de mortos no desabamento de três prédios, na última quarta-feira (25), no centro do Rio de Janeiro. O sétimo corpo foi localizado pelos bombeiros por volta das 8h30 de hoje. O número de desaparecidos passa de 20 pessoas, de acordo com o último balanço divulgado pela prefeitura.

Não foram informados detalhes sobre a última vítima localizada. Os outros mortos foram três mulheres e três de homens. Entre eles estão o zelador Cornélio Ribeiro Lopes, 73; sua mulher, Margarida Vieira de Carvalho, 73; Celso Renato Braga Cabral, 44; e o catador de papelão Moisés Moraes da Silva (idade não revelada).

As buscas na região continuam com homens da prefeitura, Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil.

Dentre eles, profissionais que atuaram no terremoto de 2010 no Haiti, nas chuvas na região serrana do Rio e no desabamento do Morro do Bumba, em Niterói. Também são usados sensores de calor e cães farejadores.

DESABAMENTO

Os três prédios localizados ao lado do Theatro Municipal desabaram por volta das 20h30. O teatro não foi atingido, mas seu anexo, onde funciona a bilheteria, sofreu danos por causa dos escombros.

Devido ao trabalhos no local do desabamento, a avenida Treze de Maio (onde ocorreu os desabamento) permanece interditada. A avenida Almirante Barroso também foi bloqueada entre a rua Senador Dantas e a avenida Rio Branco. Já Senador Dantas funciona com mão invertida entre a Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou ontem (26) que os indícios apontam que é improvável que o desabamento dos três prédios tenham sido causado por uma explosão. A principal hipótese até o momento aponta para problema na estrutura de um dos prédios.

"Provavelmente, houve uma falha estrutural do prédio maior --de 18 andares-- que levou ao desabamento dos outros dois prédios menores --de dez e quatro andares", afirmou o prefeito. Ele acrescentou ainda que a resposta definitiva sobre as causas do desabamento será dada pela perícia.

Segundo o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura) do Rio, não havia qualquer registro da obra que estava sendo realizada em dois andares de um dos prédios que desabou. De acordo com relatos de testemunhas, havia obras nos 3º e 9º andares do prédio.

A prefeitura informou que os três prédios estavam em situação regular e possuíam Habite-se --documento emitido pelo município.

Os prédios da região foram interditados. De acordo com os bombeiros, eles não foram comprometidos, mas foram evacuados por precaução. O prédio do Liceu Literário Português é um dos que foram esvaziados.

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