O último domingo de janeiro é marcado pelo dia mundial de Combate à Hanseníase, e em alusão à data entidades do mundo inteiro promovem ações durante este mês, em uma campanha que foi batizada como Janeiro Roxo. Em Teresina, as atividades começam amanhã (23), com uma série de ações educativas e mutirões de diagnóstico da doença.
O objetivo do Janeiro Roxo é reforçar o compromisso de controlar a doença, promover o diagnóstico e o tratamento adequado, além de difundir informações e sensibilizar quanto à eliminação do estigma e preconceito. “Teresina caracteriza-se como área endêmica para Hanseníase e todos os esforços do setor Saúde e afins, como Educação e Sociedade Civil organizada, devem ser somados para o enfrentamento da doença em nossa capital”, conta Svetlana Coelho, enfermeira e membro técnico da Diretoria de Vigilância em Saúde da Fundação Municipal de Saúde (FMS).
A programação inclui atividades educativas e de busca ativa em Hanseníase em Unidades Básicas de Saúde (UBS) de várias regiões da cidade. “A primeira será nesta quarta-feira (23), das 14h às 18h, na UBS Alto da Ressureição, zona Sudeste”, informa Svetlana Coelho. Na manhã do dia 28, a FMS participa do II Workshop Estadual de Hanseníase, que acontece no auditório do Hospital Getúlio Vargas. No dia 30 e 31 acontecem panfletagens e buscas de manchas suspeitas no Shopping da Cidade e em outro shopping da zona Leste de Teresina.
O dia D será na manhã de 02 de fevereiro, quando acontece o mutirão de busca de manchas suspeitas. “No mutirão, os casos suspeitos serão identificados e o tratamento será instituído em caso de confirmação”, explica Carlos Gilvan Nunes, chefe do Núcleo de Doenças Negligenciadas da FMS. Desta vez, a atividade acontece nas três zonas da cidade: Hospital Mariano Castelo Branco, na zona Norte; Hospital Geral do Promorar, na zona Sul e UBS Renascença, na zona Sudeste. Os exames são gratuitos e o atendimento é de livre demanda, ou seja, qualquer pessoa com sintomas de hanseníase pode comparecer – basta levar seu cartão do SUS.
O Brasil ocupa o 2º lugar no mundo em detecção de casos novos de Hanseníase. Teresina apresenta tendência de redução dos casos, mas os números ainda requerem atenção, devido à gravidade do problema de saúde pública. “Em 2017 foram diagnosticados 431 casos na população geral o que corresponde a uma taxa de 50,69 casos por 100.000 habitantes. Dados parciais de 2018 indicam 385 casos novos com taxa de detecção de 45,3 casos por 100.000 habitantes”, informa Svetlana Coelho.