Com receio de acontecer uma tragédia, o engenheiro civil Osvaldo Pereira, registrou na segunda-feira (5) um Boletim de Ocorrência sobre a retirada de barreiras que interditavam uma ponte de concreto que estava sendo reformadas no município de Campo Maior, localizado a 80,2 Km de Teresina.
Segundo o engenheiro, a ponte não podia ser liberada devido o concreto ainda está em processo de secagem e estabilização.
A ponte liga a localidade São Pedro à cidade de Campo Maior e foi incendidada no ano passado impedindo o acesso dos moradores da comunidade. Ao tomar conhecimento do ocorrido, o prefeito de Campo Maior, Ribinha, após visitar o local anunciou a construção de outra ponte para substituir a anterior.
As obras da nova ponte foram concluídas em 22 de fevereiro sob os cuidados técnicos do engenheiro Osvaldo Pereira, através de empresa contratada. A previsão era de que a ponte fosse liberada para o tráfego em 15 de março, mas logono dia 03 as barreiras foram retiradas, segundo o engenheiro, sem autorização causando risco à estrutura a ponte podendo até causar um grave acidente.
"Toda obra de concreto, e no caso, essa ponte da comunidade São Pedro e Fazendinha que tem uma lage de 30cm de espessura, com concreto armado, precisa de 28 dias para atingir sua resistência máxima", disse o engenheiro ressaltando que antes do prazo técnico não seria possível liberar a ponte com seguraça.
Osvaldo Pereira disse ainda que a situação foi ficou mais grave quando as escoras de segurança da ponte, que segundo ele, dão sustentação ao lastro da ponte foram retiradas. "Nós iríamos liberar o tráfego em 15 dias, mas as escoras têm que permanecer embaixo, mas como foram retiradas, a ponte não pode ser liberada ainda", enfatizou.
Até o momento a polícia não identificou quem fez a retirada das barreiras que interditavam a ponte. “Algumas pessoas tiraram parte das escoras, acredito que com más intenções, porque a ponte tinha menos de 10 dias que foi concretada, e o cimento ainda não “morreu” como se diz no popular, ainda não estabilizou. A pessoa que fez isso, tirou as escoras com algum objetivo, porque não atrapalhava a passagem de ninguém", disse.
Sem as escoras, a ponte poderia desabar e uma grande tragédia poderia ter acontecido. Após o ocorrido, um viga está fazendo a guarda da ponte para impedir ações como essas e outros incêndios.