Afetividade conjugal: sexualidade (identificação da violência sexual), comunicação, individualidade e resolução de problemas. Esse foi o tema trabalhado no 2º módulo da 3ª edição do programa Reeducar: o homem no enfrentamento à violência contra a mulher. O encontro ocorreu na terça-feira (25).
O programa é desenvolvido desde 2016 pelo Ministério Público do Piauí (MP-PI), por meio da 10ª Promotoria de Justiça – integrante do Núcleo de Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (NUPEVID) – e trabalha com homens que respondem judicialmente por crime de violência doméstica.
Nesta edição, 16 homens participam das rodas de conversa e palestras sobre temas relevantes do universo masculino que estejam direta ou indiretamente relacionados ao problema da violência. Como é o caso do tema deste módulo, trazendo abordagens sobre vivências comuns da afetividade, sexualidade e comunicação de todos, ministrado pela equipe de psicologia do Núcleo de Acompanhamento do Preso Provisório (NAPP).
“A história familiar é muito importante para a formação dos conceitos de afetividade e sexualidade de uma pessoa. Saber se comunicar de forma assertiva, lidar com suas emoções e sentimentos é essencial para a desconstrução do machismo e do estereótipo de masculinidade traduzido naquele pensamento de que ‘homem não chora’”, afirma a coordenadora do NUPEVID, Amparo Paz.
Para o participante M.P.C.P, o programa está sendo uma oportunidade de mudar atitudes e comportamentos. “Antes eu não pensava duas vezes antes de brigar com alguém e, agora, eu estou aprendendo aqui que não posso ver apenas o meu lado. Preciso também respeitar e ouvir o outro”, destaca.