A Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc) está acertando detalhes de um empréstimo com o Banco Mundial que poderá chegar a 65 milhões de dólares.
Os recursos devem financiar diversas ações na área, incluindo a expansão do ensino técnico, das escolas de tempo integral, da mediação tecnológica e a implantação do Poupança Jovem Piauí. Este programa tem o objetivo de reduzir a evasão escolar nas 44 cidades do Piauí com pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).
O projeto vai garantir poupança de R$ 1.500 a cada estudante do Ensino Médio, paga em três parcelas anuais. Nos primeiros dois anos o estudante ou responsável só poderá sacar 40% do valor depositado.
Apenas no último ano ele pode sacar o valor integral, junto ao saldo corrigido das parcelas anteriores. Para receber cada depósito, o aluno precisa ser aprovado ao final de cada ano.
Os valores destinados aos demais programas estão sendo finalizados com o Banco Mundial. O Estado está realizando diagnósticos de alcance, possibilidades e metas para cada ação.
“A Seduc precisa ter planejado, por exemplo, o quanto pode alcançar com a expansão do Tempo Integral e quanto pretende chegar com base nesta possibilidade”, comentou Michael Drabble, especialista em educação do Banco Mundial, acrescentando que os aportes de recursos estão praticamente garantidos.
A secretária de Educação, Rejane Dias, declarou que o empréstimo será fundamental para o Estado avançar suas principais propostas para desenvolver o setor.
“Neste momento em que o Piauí enfrenta dificuldades financeiras, mas tem capacidade de endividamento, esses recursos são uma excelente alternativa para podermos investir”, comentou.
Os recursos do Banco Mundial para a Educação fazem parte de um empréstimo tomado pelo Governo do Estado, para diversas áreas, que deve alcançar 320 milhões de dólares.