Quem não gosta de uma boa feirinha? Em Teresina, grupos organizados têm ocupado praças e espaços públicos com muita criatividade, movimentando a economia e proporcionando lazer para a população, sobretudo aos finais de semana. As mulheres são as verdadeiras protagonistas nesse processo.
Nestas feiras, que são organizadas por pessoas interessadas em fazer a movimentação empreendedora acontecer, empreendedoras como Thamyris Bonfim, que produz geleias artesanais, buscam espaço no mercado. "As geleias são feitas com produtos 100% naturais, valorizando produtos da terra. Como o bacuri, por exemplo", aponta.
Sustentabilidade
Ela reforça que é possível fazer networking e captar novos clientes. A marca aposta na sustentabilidade, oferecendo descontos para quem devolve os potes de vidro, que são retornáveis. "É uma forma de mostrar nossa produção de forma independente. Então sempre venho", acrescenta Thamyris.
Sabrina Sousa é outra empreendedora que acredita na força das feirinhas. Ela produz vasos artesanais, que podem ser adquiridos em versões com ou sem plantas em diferentes tamanhos. "Eu agradeço pela oportunidade de dar visibilidade para a arte que é feita por mim mesma", considera.
Ponto de feiras
A Praça Desembargador Manoel Belizário dos Santos, localizada no bairro Ininga, zona Leste de Teresina, é um dos pontos que recebem feiras livres com estes objetivos. Elas também já foram realizadas na Praça Vilmary e no estacionamento do Centro de Convenções de Teresina, por exemplo.
Iniciativas ganham novos espaços
Você já comeu doce de seriguela? E bolo de bacuri no pote? O Empreendedoras de Monsenhor Gil, grupo organizado por pequenos negócios conquistam o merecido espaço no município que fica localizado a 59 km de Teresina. Elas mostram que o movimento do empreendedorismo feminino está se interiorizando.
Economia criativa
Liderando este processo está Elissandra Assunção, fundadora da Rede de Mulheres Empreendedoras de Monsenhor Gil. Ela começou esse trabalho após investir no próprio negócio e perceber algumas dificuldades no processo. Trabalhar a economia criativa em uma cidade pequena, no início, é desafiador.
O grupo de mulheres se fortalece. Uma ajuda a outra em uma grande plataforma de sororidade, que espalha como pólvora por várias cidades. "Criei um grupo para fazer uma rede de apoio, valorizando o empreendedorismo feminino", define Elissandra.
Movimento cresce na região
As Empreendedoras de Monsenhor Gil já realizaram sete edições de feiras livres. "Estamos fazendo com que elas ganhem destaque. Observo que esse movimento está fazendo com que outras cidades façam isso acontecer também. Barras e Santa Cruz do Piauí também estão se movimentando. Estamos inspirando outras mulheres", avalia.
Empoderamento
Para fortalecer esses laços, Elissandra planeja um encontro no dia 30 de janeiro.
"Será uma confraternização de líderes desse processo para que possamos multiplicar. São as mulheres que puxam essa rede de apoio em diversas cidades. É um momento de compartilhar, contando ainda com o apoio do Sebrae", ressalta.
Elissandra defende que a sociedade civil deve ser protagonista no empoderamento econômico das mulheres, permitindo a tão sonhada independência financeira. "Precisamos do apoio das prefeituras, mas o poder público não pode fazer tudo. Então cabe a nós tomar essa missão. Para mim, essa é a injeção de ânimo", finaliza.