Consumo de álcool entre público feminino cresceu 34,5% em 6 anos

De acordo com pesquisa da Unifesp, consumo entre mulheres subiu 34% no período.

Consumo de álcool entre as mulheres sobe 34% em seis anos. | USP Imagens
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Em seis anos, o consumo de álcool no Brasil cresceu 20%, de acordo com o Lenad (Levantamento Nacional de Álcool de Drogas) realizado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e divulgada divulgado nesta quarta-feira (10).

Entre 2006 e 2012, o índice de pessoas que bebem pelo menos uma vez por semana passou de 45% para 54%. A pesquisa, realizada em 2012, entrevistou 4.607 pessoas acima de 14 anos de idade de todo o Brasil e avaliou o padrão de uso de álcool, tabaco e drogas ilícitas.

Segundo o coordenador do levantamento, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, do Inpad (Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas), o maior consumo de álcool está diretamente relacionado ao aumento do poder aquisitivo.

? Ficou claro que o aumento da renda, especialmente das classes C e D, permitiu que os bebedores investissem mais no álcool.

Outro dado que chamou a atenção foi o aumento do consumo entre o sexo feminino. Em 2006, 29% das mulheres bebiam com frequência, mas esse número pulou para 39% seis anos depois, ou seja, houve um aumento de 34,5%.

Em relação ao público masculino, houve mudanças no comportamento do uso de álcool, mas um pouco mais modestas. De acordo com o Lenad, houve um aumento de 10% no consumo de álcool pelos homens em seis anos.

Além de mais pessoas estarem consumindo álcool, a pesquisa também revelou que os brasileiros estão bebendo em maior quantidade. O volume de bebida alcoólica consumido pelos 20% dos adultos que mais bebem foi de 56% de todo o álcool ingerido no País.

Baseado neste dado, Laranjeiras destacou ainda os efeitos prejudiciais da bebida.

? Além de prejudicar a saúde, o consumo exagerado do álcool gera violência doméstica, acidentes de trânsito, agressões, problemas de relacionamento e até depressão.

Abstinência

Um dado curioso da pesquisa é que, em seis anos, o número de pessoas que não bebem continuou o mesmo.

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