Em operação com prisões, duas crianças morrem baleadas no Rio

Oito pessoas foram presas

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27 pessoas foram presas no Rio de Janeiro, na manhã desta quarta-feira (7), em uma operação integrada das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força Nacional e polícias Civil e Militar na Cidade de Deus e em outras comunidades da Região Metropolitana. O objetivo principal da ação é prender criminosos procurados de várias regiões.

Os agentes atuam em outras localidades consideradas estratégicas, como a BR-101 e no Arco Metropolitano. Nesta terça (6), a Avenida Brasil e as linhas Vermelha e Amarela, principais vias que cortam a cidade, chegaram a ser interditadas por causa de uma operação policial e tiroteios na Maré. Na ação, um menino de 13 anos e um homem foram morto. Na semana passada, confrontos e trocas de tiros entre policiais e traficantes na Cidade de Deus também chegaram a provocar o fechamento da Linha Amarela durante dois dias seguidos.

Mais de três mil militares participam da ação. Eles são responsáveis pelo cerco às comunidades e desobstrução de vias. O espaço aéreo está sendo controlado e aeronaves civis têm restrições de circulação. Não há interferência nas operações dos aeroportos Tom Jobim e Santos Dumont.

Segundo o coronel Roberto Itamar, porta-voz do Comando Militar do Leste (CML), a operação desta quarta é uma inovação, já que as tropas federais também estão atuando no eixo rodoviário da Região Metropolitana. “Eram dois tipos de operações que eram feitas separadamente e hoje estão sendo feitas em conjunto”, explicou Itamar em entrevista ao Bom Dia Rio.

O coronel também informou que homens das tropas federais poderiam agir dentro das comunidades do estado e não só no cerco, caso haja uma ordem judicial para cumprimento de mandados.

Além das ações do plano integrado das forças de segurança, também há operações da polícia em uma comunidade da Covanca, em Jacarepaguá, no Morro da Barão, na Praça Seca, e na Rocinha, em São Conrado.

Violência deixa mortos e interdita vias expressas

Na semana passada, durante tiroteio na Cidade de Deus, a Linha Amarela foi interditada algumas vezes e motoristas e passageiros chegaram a se jogar no chão para se protegerem de tiros. Na quarta-feira (31), três suspeitos morreram durante confronto com a PM na comunidade. Um deles era Rodolfo Pereira da Silva, conhecido como Rodolfinho, apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na região.

O fim de semana também foi marcado pela violência em outras regiões do Rio. De sexta (2) a domingo (4), nove pessoas foram mortas na Região Metropolitana da cidade. Pouco antes da 0h de domingo, um homem morreu depois de ser metralhado dentro de uma ambulância na porta do Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste.

Mikael Barbosa da Cruz estava recebendo atendimento, por volta das 23h40, quando criminosos ordenaram que os profissionais saíssem da ambulância e efetuaram os disparos. Mais de 15 tiros atingiram a vítima e o veículo.

Nesta terça (6), a Av. Brasil e as linhas Vermelha e Amarela chegaram a ser interditadas por causa de uma operação policial e tiroteios na Maré. Na ação, um menino de 13 anos, identificado como Jeremias Moraes da Silva, e um homem de 20 anos, Matheus Fernandes Ribeiro, morreram depois de serem baleados. Devido aos impactos no trânsito, no horário de volta para a casa, o município do Rio entrou em estágio de atenção.

Ainda nesta terça, primeira semana do ano letivo, 40 unidades escolares ficaram sem atendimento por conta da operação policial na Maré. No total, 20 escolas, 13 creches e sete Espaços de Desenvolvimento Infantil não abriram.

Durante a madrugada, uma criança de três anos morreu após ser baleada em uma tentativa de assalto na Rua Cardoso de Castro, em Anchieta, na Zona Norte do Rio. O pai e a mãe foram baleados e levados para o hospital. A criança chegou a ser socorrida e levada para a UPA de Ricardo de Albuquerque, mas não resistiu aos ferimentos. Segundo a secretaria estadual de Saúde, a menina Emilly Sofia Neves Marriel já chegou morta na UPA.



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