Os pedestres mais atentos e os adeptos das modificações automotivas já notaram: a moda do carro "envelopado" pegou no Brasil. Caracterizados pela cor preta com acabamento fosco, os carros que passam pelo procedimento chamam a atenção. Mas, apesar de parecerem pintados, são só adesivados: eles recebem camadas de um material especial colante que reveste a pintura original, dando novo visual ao automóvel.
A ideia nasceu no hemisfério norte (mais precisamente em países da Europa e dos Estados Unidos) e chegou ao Brasil há pouco mais de dois anos, de forma restrita. Agora, populariza-se nas ruas. De acordo com o empresário Paulo Bento, diretor da empresa especializada em envelopamento Preto Fosco, a procura pelo serviço vem crescendo e mais do que dobrou em um ano. "Antes, fazíamos uma média de 15 carros por mês. Agora, há meses em que adesivamos 40 automóveis", explica.
O empresário ressalta que, apesar de inicialmente o serviço ter surgido aplicado a carros de alto valor, hoje modelos populares vêm passando pelo processo. "Temos feito muito em Chevrolet Celta. Personalizar o carro atualmente é um desejo de muitos motoristas. Assim como as pessoas alteram o visual de um notebook ou o de um celular com uma capa, querem fazer o mesmo com seus carros", explica.
Bento conta que o envelopamento leva em média dois dias para ficar pronto -- uma vantagem em relação à pintura tradicional, feita em funilarias, que pode levar semanas. Também não é necessário desmontar o carro. Em raros casos, retiram-se retrovisores, maçanetas e lanternas para a execução do envelopamento.
"Após ficar pronto, recomendamos apenas cuidados básicos, como lavar com sabão neutro e evitar o uso de lavadoras de alta pressão, que podem danificar emendas, inevitáveis de serem usadas nos cantos do carro."
Interessados devem estar cientes de que se o carro a ser envelopado não for originalmente de cor preta deverá ter sua documentação alterada no Detran. Isso requer pagamento de taxa e apresentação do veículo para vistoria.