Desde o dia 12 de janeiro o elevador da Ponte Estaiada está sem funcionar. O problema interrompeu as atividades turísticas e econômicas da capital, tendo em vista que o local é a principal vitrine da cidade . A população e comerciantes reclamam da demora. A Secretaria Municipal de Economia Solidária de Teresina (SEMEST) anuncia que o contrato está sendo firmado e as obras de um dos dois elevadores deve iniciar em abril e concluídas em julho.
No último dia de visita, em dezembro do ano passado, mais de 800 pessoas visitaram o Mirante da Ponte.
Esta quantidade de pessoas propícias no período após o réveillon, um período com bastante turistas, teria sobrecarregado o único elevador funcionando, o que ocasionou no seu não funcionamento. Segundo o secretário municipal da Economia Solidária, Olavo Braz, o sistema de elevadores é binário. Desta maneira, enquanto um sobe com passageiros, o outro desce. O problema é que o sistema nunca operou desta maneira e apenas um elevador funcionava. Já o outro nunca funcionou.
A população questiona a demora da manutenção e considera que esta foi uma perda para Teresina, sobretudo no que tange ao lazer e o turismo. O vigilante Joannes da Silva Sá, que visitou um mirante há mais de um ano, sente falta da movimentação em torno do ponto turístico. ?Isso prejudica o turismo e a pessoa não pode aproveitar 100% a área. Tem aqui embaixo, mas a paisagem lá em cima é bem bonita?, avalia.
Comerciantes também reclamam da diminuição das vendas. Proprietário de uma banca de revista nas proximidades, Antônio Almeida observa que desde que o elevador parou de funcionar, houve um decréscimo nas vendas. ?Muita gente vem e dá a viagem perdida. As pessoas que vêm de fora se decepcionam com o elevador quebrado?, declara Almeida.
Segundo Olavo Braz, a demora em realizar a manutenção dos elevadores foi atribuída ao fato de não haver uma empresa capaz de realizar o serviço que tivesse representação em Teresina. ?A empresa responsável pelos elevadores tem base em São Paulo e não tem empresa de reparos dos elevadores, não tem escritório em Teresina.
Teresina só possui 04 empresas para dar manutenção?, explica.
Ele acrescenta que a questão dos elevadores não é uma questão de gestão, mas sim de técnica e de segurança de vida. Já foi contratada a empresa, segundo Braz, dentro da legalidade e usando o direito da inexigibilidade, sem necessidade de licitação aberta. ?Isso com parecer favorável da Procuradoria. Neste momento o contrato está sendo elaborado e vai ser encaminhado para matriz da empresa?, aponta Braz.
A partir de abril começa o processo de recuperação total de um dos elevadores que vai levar 03 meses para recompor todas as peças comprometidas. Em julho já vai haver um dos elevadores atendendo a demanda. Daí a 03 meses será realizado manutenção do segundo elevador. De acordo com o secretário, quando chegar o Natal, os dois elevadores estarão funcionando de forma plena. O custo da obra nos dois elevadores ficará em torno de R$ 160 mil.