“Ele estava em depressão”, diz mãe do ator Antônio Firmino

Dona Piedade contou que o filho - morto nesta terça, 12 - tomava remédios já há algum tempo. Ela revelou ainda que o ator seria pai em breve

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Nesta quarta-feira, 13, dona Piedade Firmino, mãe de Antônio Firmino, que faleceu na terça-feira, 12, conversou com a reportagem por telefone e disse que o ator, de 34 anos, estava em depressão.

Muito atordoada com a notícia, dona Piedade estava inconformada com a morte de Antônio. "Minha vida acabou. Não tenho vida, não tenho mais nada. Se Deus me levar agora vai me fazer um grande favor. Não quero e não consigo aceitar. Meu filho era minha vida. Tenho mais três filhos, mas sempre disse que queria ir primeiro. Só que as coisas na vida nunca acontecem como a gente quer", desabafou.

A mãe do ator disse que a ficha ainda não caiu. "Eu estou passada, não estou acreditando que ele morreu. Acredito que se eu chegar perto dele, ele vai levantar. Deus não vai fazer isso comigo, ele vai levantar do caixão", disse ela, com a voz embargada.

Questionada sobre a causa da morte de Antônio, comentou: "Falaram que foi um mal súbito. Na noite anterior eu estava falando com ele ao telefone. Ele entrou no quarto e disse que ia dormir porque estava cansado: "A Débora (namorada, grávida de seis meses do ator) está me enchendo o saco. Eu quero dormir, quero descansar". Ele estava com depressão, tomando remédio. Não sei se usou remédio a mais ou se tomou alguma porcaria".

Piedade disse que ficou em Belo Horizonte, cidade Natal de Antônio, pois os filhos foram até o Rio de Janeiro para cuidar dos detalhes da transferência do corpo e acharam que ela ficaria ainda mais abalada. "Meus filhos que foram para o Rio junto com o pastor da igreja que congregamos. Nessas horas ficam segurando a mãe e a gente fica aqui agoniada", contou ela, que falou com o ator pela última vez por volta das 21h de segunda-feira, 11.

"Ele pode ter usado alguma coisa para dormir. Ele contava que quando tomava os comprimidos cambaleava pela casa, ficava tonto. Então ele pode ter tomado uma quantidade maior e feito uma bobagem. Soube que tinha algo errado porque de manhã eu ligava, ligava e ninguém atendia. Dai pedi para a namorada dele ir lá ver se estava tudo bem. Ela disse que não ia porque eles estavam brigados. Eu insisti e, quando ela chegou, disse que ainda ouviu ele gemer por trás da porta. Chamou os bombeiros, eles arrombaram e dai ele já estava morto", contou dona Piedade.

Emocionada, ela lamentou não ter estado ao lado do filho em seus últimos momentos. "Se ele tinha de ir tinha que acontecer, mas, meu Deus, fico imaginando porque eu não estava lá. Eu devia ter ido lá. Quando estava em casa ele passava mal, ficava nervoso, mas quando esteve aqui para um encontro religioso ele parecia muito bem", comentou.

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