O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes teve um princípio de infarto na manhã deste domingo (27) em Campinas, interior de São Paulo, e foi levado para o Hospital Albert Einstein, Zona Sul da capital. Apesar de ter passado mal, Paes ficou estável em seguida.
A assessoria de imprensa do Albert Einstein confirmou a entrada de Paes no hospital e informou que ele realizaria exames, mas não divulgou boletim médico até a última atualização desta reportagem.
Eduardo Paes foi prefeito do Rio de Janeiro por dois mandatos, tendo assumido o posto pela primeira vez em 2009 e reeleito em 2012. Ele permaneceu no cargo até o fim de 2016.
Nas eleições de 2018, Paes se candidatou a governador do Rio de Janeiro pelo DEM, mas foi derrotado no segundo turno por Wilson Witzel (PSC). Após a derrota, ele declarou que não queria cargo político, e que voltaria para a iniciativa privada.
Bens bloqueados
Na última terça-feira (22), a Justiça do Rio determinou, de modo cautelar, o bloqueio de bens no valor de até R$ 7.434.466,51 do ex-prefeito e mais seis pessoas por suposta fraude em licitação para serviços de emergência médica durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013.
A denúncia oferecida contra o prefeito pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) foi aceita pela juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal da capital. Paes, aliás, além de responder por crime licitatório, também é acusado pelo MP de crime de responsabilidade de prefeito.
O ex-prefeito disse que o aluguel das ambulâncias pela Prefeitura do Rio foi feito para atender um pedido do Comitê Organizador da Jornada Mundial da Juventude e também para garantir o atendimento à população.
No último dia 10, o ex-prefeito também virou réu numa ação de improbidade administrativa segundo a qual a Prefeitura do Rio aplicou, sem licitação, R$ 1,6 milhão no evento religioso Marcha Para Jesus, em 2012.
Paes declarou que se trata apenas do recebimento de uma ação e que, no "curso do processo, ficará claro que a Prefeitura do Rio sempre apoiou eventos pra estimular o turismo religioso na cidade" – nesse caso, um evento evangélico – "sem qualquer discriminação de credo ou fé".