Edson Fachin, ministro da Suprema Corte, decidiu desmembrar o Inquérito que denunciou os senadores do PMDB, Edison Lobão, Renan Calheiros, Romero Jucá, Valdir Raupp e Jader Barbalho.
Os parlamentares são investigados pelo crime de organização criminosa e a decisão de Fachin atende o pedido do Ministério Público Federal para que a denúncia contra os ex-senadores José Sarney e Sérgio Machado , embora, não tenham mais foro especial no STF , permaneça na Corte.
Contudo, as investigações contra o ex-ministro Silas Rondeau, o operador de propinas Jorge Luz e o lobista Milton Lyra foram enviadas ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal em Curitiba.
Em sua decisão, o ministro acolhe o argumento da Procuradoria que aponta que as condutas dos ex senadores, José Sarney e Sérgio Machado estão ligadas aos fatos descritos contra os politicos que cumprem mandato. Eles são acusados de receber propina na ordem de 864 milhões de reais, dinheiro que segundo a PGR foi desviado de recursos públicos em troca de vantagens indevidas,
Os senadores e o ex presidente José Sarney negam as acusações. Sérgio Machado é um dos delatores do esquema. E, também nessa quarta-feira, Fachin, autorizou a defesa do presidente Michel Temer a ter acesso ao conteúdo da delação premiada, do operador financeiro, Lucio Funaro.
A delação do operador foi usada também como base na apresentação da denúncia contra Temer por obstrução de Justiça e Organização criminosa. Em vídeo divulgado na última semana, Temer afirmou que as provas apresentadas na denúncia contra ele são ineptas e forjadas.