Economista Ricardo Amorim publica artigo sobre modo de vida nos EUA

Ele publicou na Revista Istoé sobre o padrão de vida nos EUA.

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O economista Ricardo Amorim, um dos grandes otimistas do momento econômico do Brasil, que esteve em Timon, no dia 19 de abril e falou à lojistas e convidados que participavam da Feira de Franquias e Negócios do Cocais Shopping sobre a crise atual e as possibilidades de recuperação da economia com uma visão bastante positiva sobre o futuro do Brasil, publicou um artigo na Revista Istoé falando sobre o padrão de vida nos Estados Unidos e a decisão do governo sobre essas regras.

Confira a leitura completa:

Imagine um país em que não haja limitações à terceirização do trabalho — nem de atividades meio, nem de atividades fim.

Imagine que, nele, homens e mulheres só possam se aposentar após os 67 anos de idade e que, depois de aposentados, recebam em média menos da metade do que ganhavam enquanto trabalhavam. Meia entrada para idosos não existe lá.

Imagine que nesse país não existam 30 dias de férias remuneradas. Imagine que os empregados têm de negociar com os patrões quanto tempo terão de férias e se elas são remuneradas ou não. Adicional de férias não existe por lá.

Imagine que 13º salário também não existe.

Imagine que mulheres grávidas só tenham direito a 12 semanas de licença maternidade e que durante o período de ausência elas não são remuneradas.

Imagine que os patrões possam negociar com os empregados se eles vão trabalhar em finais de semanas ou feriados nacionais. Adicional noturno, por horas extras, trabalho em finais de semana ou feriados não existem.

Imagine que não existem faculdades gratuitas, nem meia entrada para estudantes em cinemas, shows, teatro ou outros espetáculos.

Imagine um país onde ninguém tem estabilidade no emprego, nem os funcionários públicos.

Imagine um país onde não existe FGTS, muito menos adicional de 40% em caso de demissão sem justa causa.

Imagine que nele os trabalhadores não tenham um limite no número de horas que podem trabalhar. Seus patrões e eles podem combinar o que quiserem.

Imagine que o salário mínimo por lá fique 11 anos sem nenhum reajuste.

Imagine que não exista carteira de trabalho, nem Justiça Trabalhista.

Quem iria querer trabalhar e morar em um país assim? Quase todo mundo. Esse país existe.

Ele se chama EUA e seu presidente está se esforçando para impedir a entrada de milhões e milhões de trabalhadores de outras nações que a cada ano querem ir trabalhar lá.

Com regras assim, como tanta gente arrisca a vida e tantos outros se mudariam para lá nesse exato segundo se pudessem? Talvez, porque por essas e outras razões, os preços e a inflação são muito menores do que aqui, a taxa de desemprego é um terço da nossa e as pessoas ganham, em média 7 vezes mais do que aqui? Talvez…

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