O setor de franquias se mostra favorável para a economia piauiense. Somente no primeiro semestre de 2015, o franchising (termo estrangeiro para designar franquia) cresceu 9% no Brasil. No Piauí, os setores que mais crescem são de alimento, beleza, vestuário, saúde e serviços. Por isso, a alternativa pode ser uma boa opção para quem pretende abrir um negócio, mas é preciso seguir alguns critérios para não cair no prejuízo.
A zona Leste de Teresina é uma das grandes vitrines de novas franquias no Estado. Os dois shoppings centers, e o mais recente empreendimento inaugurado no segundo semestre de 2015, são exemplos disso. “Os shoppings da cidade possibilitam um crescimento exacerbado de negócios. Cada local possui mais 500 lojas de determinadas marcas que desenvolvem uma casta de consumidores novos. Agora, o que era encontrado somente no Sul do país, é possível ser visto dentro do Estado, graças às franquias”, afirma João Batista, consultor de Negócios do Sebrae-PI.
Segundo o consultor, as franquias surgiram devagar, mas hoje se tornam referência, com marca posicionada, além de ter produto testado que, consequentemente, gera consumo. “Com a formatação do serviço, o sistema em geral está crescendo mais de 16% ao ano e movimenta mais de R$ 16 bilhões. Isso é uma coisa absurda, grande”, explicou.
Os dados também são confirmados pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). Em 2014 a região Nordeste fechou o ano em 3ª lugar (7,6%) de franquias em relação ao país. O Piauí, junto aos Estados do Maranhão (MA), Rio Grande do Norte (RN) e outros, totalizou 3,1% de franquias no mesmo ano.
O setor de alimento é um dos que mais crescem no Estado. Das empresas associadas à ABF, estão as que investem capital de R$ 310 mil a R$ 425 mil. Mas é preciso ter cautela, como qualquer empresa, os cuidados devem prevalecer.
Saiba como escolher uma franquia
Com a comprovação que as franquias estão crescendo cada vez mais no Piauí, é hora de escolher qual segmento seguir. Primeiramente, o perfil do empreendedor vai contar com a decisão. “É preciso saber se ele tem experiência em negócios, tempo, além de dinheiro para desenvolver e se a marca está bem posicionada no mercado. Com isso, a franquia vai se tornar um excelente negócio”, diz o consultor.
No entanto, o interessado vai pagar por isso, o chamado royalty, que significa regalia ou privilégio. A palavra é usada diretamente no setor de franquias, uma vez que é necessário pagar uma taxa para usar o nome da marca e o produto do franqueador (pessoa que desenvolveu e formatou o negócio, do ponto de vista de controle, normas e testes de mercado). Com tudo firmado, o franqueador vai monitorar e levar treinamentos de vendas e controles para a franquia. Dessa forma, o empresário deve saber qual melhor segmento para ele, franquia ou negócio próprio. “Se você quer colocar um negócio próprio e quer se desenvolver no mercado, saiba que vai gastar tanto ou até mais que uma franquia. Não existe negócio bom ou negócio ruim, só existe negócio, quem torna ele rentável ou não é quem está envolvido dentro dele”, finaliza.
Além das franquias, outros setores empresariais garantem participação na economia piauiense. Segundo dados da Junta Comercial do Piauí (Jucepi), o Estado registrou abertura de mais de 9 mil empresas no primeiro semestre de 2015, enquanto, no mesmo período, em 2014, foram abertas 8.854, ou seja, aumento de 4% em relação ao ano passado.