As vendas no varejo brasileiro cresceram 1,1% em novembro ante outubro e 9,9% do ano passado em relação a igual mês do ano anterior, informou nesta quarta-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Esse é o maior valor registrado para o mês desde 2007.
Os móveis e eletrônicos respondem pela maior participação nas vendas, com 35,7%, seguido pela alimentação, com as Compras nos supermercados, bebidas e fumo com 27,3%. Os artigos de uso pessoal e do lar aparecem na terceira posição, com 9,9%.
Entre atividades, oito das 10 atividades tiveram variação positiva: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (10,5%); Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%); Móveis e eletrodomésticos (2,4%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,9%); Material de construção (0,8%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%); Veículos e motos, partes e peças (0,2%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,1%).
As variações negativas ocorreram em Tecidos, vestuário e calçados (-3,6%) e Combustíveis e lubrificantes (-0,3%).
O crescimento dos salários e da oferta de crédito teve impacto tanto no aumento das vendas de artigos de uso pessoa, assim como os produtos domésticos, como ótica, joalheria, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria.
Esse segmento na área de saúde mantém mantém pelo terceiro ano consecutivo resultados acima da taxa global graças também a contribuição da venda de medicamentos genéricos.
Tecidos, vestuário e calçados respondeu pela quinta maior contribuição à taxa global do varejo, seguido por Combustíveis e lubrificantes. Embora abaixo do índice geral, os resultados superam os obtidos pela atividade em 2009.
Isso se explica não apenas pelo aquecimento da atividade produtiva em 2010, como também pelo aumento de receita proveniente do maior consumo de gasolina em relação, principalmente, ao álcool.
Materias de escritório e livros
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação respondeu pela sétima contribuição para a formação da taxa do varejo e a oitava do varejo ampliado. O desempenho está relacionado ao aumento de renda, a retomada do crédito, a queda de preços dos produtos do gênero, principalmente as vendas dos microcomputadores e a ampliação das vendas de celulares.
O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria registrou a menor contribuição para a taxa global do varejo. Tais resultados decorrem da melhoria do poder de compra da população, bem como da diversificação da linha de produtos ofertados, com destaque para a participação crescente dos suprimentos de informática.