O investidor enfrenta uma verdadeiro desafio neste ano: como decidir a melhor aplicação para seu dinheiro, sem ter certeza sobre o que o governo deve fazer para reprimir a inflação.
Há poucas semanas, havia uma certa convicção de que o Banco Central deveria manter a taxa básica de juros do país (a ferramenta básica para combater a inflação) no patamar atual de 7,25% por todo o ano, subindo somente em 2014.
Essa taxa é muito importante porque influi no custo dos empréstimos e nos ganhos das aplicações financeiras como fundos DI e da poupança.
Esse relativo consenso desapareceu, entre outros fatores, por causa do susto com a inflação de janeiro. Como resultado, uma parte dos economistas do setor financeiro já espera um aumento dos juros básicos ainda neste ano, talvez nos próximos meses.
Como regra geral, se os juros básicos da economia realmente subirem, fundos DI, CDBs-DI e a poupança (pelas novas regras) são as aplicações financeiras mais favorecidas. São produtos que, por definição, "perseguem" a taxa de juros do país.
Por outro lado, aplicações como a Bolsa de Valores e os produtos dedicados a acompanhar o IPCA (o índice de preços calculado pelo IBGE), como os "fundos de inflação" e os títulos do Tesouro Direto chamados de NTN-Bs e ainda as LTNs (títulos prefixados) são os mais desfavorecidos nesse cenário.