Dez dicas para fugir da inflação dos alimentos e poupar até 60%

O leite em pó, por exemplo, é 43% mais barato do que o de caixinha

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Quem frequenta feiras e supermercados já percebeu: os preços da maioria dos alimentos básicos da mesa do brasileiro dispararam. Tanto que a inflação desse grupo de produtos, que pesa mais de 20% no orçamento das famílias, chegou a 8,84% em agosto, no acumulado de 12 meses ? bem acima dos 5,24% registrados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o índice oficial do país. Só o arroz já subiu 5,28% em setembro.

Para ajudar o leitor a driblar a inflação, especialistas elaboraram um guia com dez dicas de economia. O leite em pó, por exemplo, é 43% mais barato do que o de caixinha. As promoções nos supermercados também reduzem os preços.

? As grandes redes compram em maior quantidade e diretamente do produtor. Assim, dão descontos de até 60% ? diz Aylton Fornari, presidente da Associação dos Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj).

Com a alta do milho (18,43%, até agosto), mesmo o frango, uma carne mais barata, subiu: 4,28% nos primeiros 15 dias de setembro.

José Souza e Silva, presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, diz que a carne vermelha, o arroz e o feijão preto vão encarecer de 10% a 15% até dezembro:

? A safra do feijão foi fraca, o consumo de arroz cresceu com o Bolsa Família e a seca prejudicou o gado.

A aposentada Tânia Epelbomi, de 71 anos, vai atrás das promoções nos supermercados e feiras:

- Aproveito os descontos, de segunda a sexta. Vejo quais são os dias específicos e deixo para comprar aquele produto no dia em que está mais barato.

As dez dicas:

1. Carne por peixe

Substitua a carne vermelha e o frango, que estão em alta, por peixe. O quilo da merluza está a R$ 12.

2. Leite em pó

O leite em pó rende mais do que o longa vida. Um pacote com 400g, que custa em média R$ 5, rende quatro litros. Este volume, comprado em embalagem de caixinha, sai por R$ 8,80, uma vez que o litro custa, em média, R$ 2,20.

3. Troca válida

Se o preço estiver alto, troque o produto. O tomate, se não for para salada, por exemplo, pode ser substituído por extrato.

4. Renove o cardápio

Inove nas receitas. Dê preferência a itens mais em conta, mesmo aqueles a que não estiver acostumado.

5. Apele a importados

Produtos importados que já estavam em estoque podem ser vendidos mais em conta, porque foram comprados com o dólar mais baixo, segundo o economista GIlberto Braga. Vale conferir os preços de bebidas; lombo de bacalhau congelado; nozes; itens de maquiagem; artigos de beleza e higiene pessoal; vestuário; e calçados importados.

6. Pesquise sempre

A pesquisa é a alma da boa compra. Vale comparar os preços em encartes e na internet, antes de ir à loja.

7. De olho na promoção

O consumidor deve ficar atento às promoções dos supermercados, que dão descontos de até 60% em dias específicos da semana.

8. Atacado é vantagem

Algumas redes dão descontos a quem compra em grandes quantidades.

9. Parcimônia é bom

Os preços dos hortifrutis variam muito, por serem sazonais. Para evitar gastar mais do que deve, o consumidor deve levar só a quantidade necessária para um ou dois dias, no máximo. ?Às vezes, os preços caem três dias após as compras. É comum acontecer?, diz o presidente da Bolsa de Gêneros Alimentícios do Rio, José de Souza e Silva.

10. Boicote já!

Outra possibilidade é não comprar por um período, como estratégia para pressionar o mercado. ?Como são produtos perecíveis, o comerciante não pode adiar a venda. Se os preços estiverem altos demais e os clientes deixarem de comprar, automaticamente o empresário terá que baixar os valores?, afirma José de Souza e Silva.

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