O 13º salário é uma tentação, principalmente para quem tem o orçamento apertado. Mas é preciso planejar antes de gastar, justamente para não começar o ano novo com uma dívida nova. Para quem está com a vida financeira em dia, a conta básica, segundo especialistas em finanças pessoais, é dividir o 13º em três partes.
Uma delas para ser usada nas festas de fim ano, outra para os gastos do começo do ano e a terceira parte para investimentos. Raphael Cordeiro, consultor financeiro, explica que13º pode ser um termômetro da situação financeira. - Se a pessoa não consegue poupar com o 13º salário, é muito difícil que consiga fazer isso com o salário mensal. Então isso quer dizer que ela está com dificuldade de poupar.
Para quem está com a vida financeira em dia, é importante deixar pelo menos um terço para investimentos para o médio, longo prazo, para um objetivo específico ou para a aposentadoria. A regra, no entanto, é flexível. É preciso fazer um orçamento, com pesquisa de preços, para ver se o dinheiro destinado para cada gasto será suficiente. Por exemplo, se a família pretende viajar no começo do ano, vai gastar mais.
Para isso, terá de gastar menos nas festas. Já para quem está devendo, a sugestão é usar o máximo possível para quitar ou diminuir o tamanho da dívida. Este é o passo difícil, uma vez que as festas de fim de ano terão de ser modestas, como explica o consultor Raphael Cordeiro. - Esse é um passo difícil e impactante para quem está devendo porque a pessoa vai passar o final do ano se privando.
Ela vai usar o dinheiro deste ano para pagar uma dívida do passado e para então poder usufruir do décimo terceiro apenas no ano que vem. Para o consultor Amílton Dalledone Filho, professor de finanças da FAE Centro Universitário, a dica é reservar pelo menos 10% do 13º salário para as despesas extras do começo do ano, como IPVA, IPTU, material escolar e uniforme das crianças. - É preciso fazer uma programação das despesas e nunca gastar mais do que recebe.
Quem estiver com dinheiro na mão vai poder ainda aproveitar os descontos dos impostos do começo do ano. Mas é preciso fazer uma conta. Só vale a pena pagar os impostos à vista se o desconto for maior do que a rentabilidade que o dinheiro teria se estivesse aplicado no período de parcelamento.