Quem passa pelo centro de Teresina, onde estão concentradas algumas das maiores empresas que a nossa capital possui, já percebeu a quantidade de lojas encontradas por lá e, desta forma, a procura por esses locais tem crescido muito. Porém, a procura pelos estabelecimentos que ficam ao redor do Mercado Velho também aumentou, consideravelmente, nos últimos anos, transformando-se, portanto, em um celeiro de empresas do varejo popular. Pelo menos é o que contam os empresários do local.
Nos três quarteirões da região do Mercado Velho, há o domínio na oferta de produtos importados e com preços acessíveis às pessoas de menor poder aquisitivo. Têm lojas que vendem de tudo a preços populares, como as lojas de roupas de R$ 10 qualquer peça. Um dos diferenciais destas lojas é que quanto maior o número de peças, mais os preços caem. E apesar dos preços bem em conta, os lojistas afirmam que qualidade não falta aos produtos, já que os clientes, mesmo os que têm poder aquisitivo mais baixo, estão bem mais exigentes.
“Aqui a gente vende muito para o chamado ‘povão’. São essas pessoas que circulam mais por aqui, e o que a gente percebe é que o poder aquisitivo deles tem aumentado muito nesses últimos anos e que procuram por qualidade também. Por isso que aqui sempre trabalhamos com isso. Pelo menos 80% dos nossos produtos possuem a mesma qualidade de produtos encontrados nas vitrines dessas lojas maiores”, conta Isaías Carvalho, proprietário de uma loja de calçados e acessórios próximo ao Mercado Velho.
Ele já está nesse ponto há cinco anos e garante que, de três anos para cá, as vendas aumentaram consideravelmente, por conta de dois motivos. “Depois que os ônibus começaram a passar aqui e da construção do Shopping da Cidade, as minhas vendas aumentaram em torno de 50%”, garante Isaías, onde acrescenta que os preços dos produtos, que vem de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Juazeiro do Norte (CE), caem mais ainda quando há descontos para mais de uma peça e também nas constantes promoções que ele faz.
Maria Valderez também é proprietária de uma loja no local e, assim como Isaías Carvalho, acredita que o número de clientes aumentou nestes últimos anos e acrescenta que o número de lojas também. “Trabalho aqui desde 2008 e essa era uma parte bem esquecida pelos consumidores, mas de uns anos para cá, a procura e o número de lojas têm aumentado. Os lojistas já trabalham com produtos de mais qualidade e já sabem administrar melhor o seu negócio”.
Porém, na visão de Maria, dois fatores ainda impedem que o crescimento da região seja maior. É a falta de estacionamento e os constantes números de roubos no local que dificultam o acesso de mais consumidores. Em relação às vendas de sua loja, a proprietária garante que os preços populares atraem muitos clientes e que os valores, tanto nas vendas de varejo como atacado, caem mais ainda de acordo com a necessidade do consumidor.
“Quanto mais peças, maior o desconto e se ele [cliente] levar mais de seis peças a gente já considera venda para atacado, então o preço fica melhor ainda”, conta. E as vendas de atacado no estabelecimento de Maria, que possui produtos vindos do Ceará, Bahia e São Paulo, aumentam mais ainda, dependendo das datas comemorativas do ano.
“O atacado é um comércio temporário que varia de acordo com a onda do momento. Dependendo da data comemorativa do ano, a gente aumenta o estoque e também as vendas”, pontua.
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