Itaú e Santander encerram crédito e acabam com financiamento de carros na PB

Uma decisão judicial, que abriu jurisprudência originando mais de 10 mil outras ações

O Santander, sozinho, representa mais de 50% dos financiamentos de veículos usados | Divulgacao
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Itaú e Santander encerram crédito e acabam com financiamento de carros usados na Capital

Uma decisão judicial, que abriu jurisprudência originando mais de 10 mil outras ações semelhantes é responsável pela maior crise do setor de carros usados de João Pessoa dos últimos anos.

Carros usados

Imagem ilustrativa

A crise foi provocada pela saída dos bancos Santander e Itaú das linhas de financiamentos de carros usados. Os dois bancos informaram às garagens de carros que não têm mais interesse no mercado local.

Explica-se. No ato do contrato de financiamento, o cliente paga a TAC (Taxa de Abertura de Crédito), que fica um pouco mais de R$ 600 diluídos nas prestações do financiamento.

Ou seja, o comprador do carro usado pagou R$ 600 divididos na mesma quantidade de prestações de seu financiamento e, ao entrar na Justiça para reaver o dinheiro, recebe mais de R$ 1.200 à vista.

?Alguns clientes quando fazem o financiamento a primeira coisa que pedem é a cópia do contrato para dar entrada na Justiça para reaver esse dinheiro?, explica Agnaldo Santo, sócio de uma loja de usados de João Pessoa.

A cobrança da TAC é feita em todos os contratos de todas as financeiras e em todo o País. O que acontece de diferente na Paraíba é que apenas aqui a Justiça abriu precedente para devolução do valor pago (em dobro, corrigido e à vista). Com isso, já são mais de 10 mil ações semelhantes em tramitação.

Outras instituições financeiras continuam operando, entre elas a BV Financeira, Banco do Brasil e Bradesco. Entretanto, os juros praticados são bem mais altos do que do Santander e Itaú e bem mais exigentes na hora de aprovação do cadastro do cliente.

?O Santander, sozinho, representa mais de 50% dos financiamentos de veículos usados, por isso a maioria das lojas de usados não terá como sobreviver?, concluiu Santos.

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