Tupperware se prepara para pedir falência, e ações caem mais de 50%, diz agência

Marca de produtos para o lar tentou, por anos, reativar o negócio em meio à queda na demanda

Potinhos da marca Tupperware: empresa está afundada em dívidas | Foto: Bloomberg
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A Tupperware está se preparando para declarar falência ainda nesta semana, afirmou a agência Bloomberg em reportagem publicada nesta segunda-feira (16), citando pessoas com conhecimento dos planos.

A empresa vem fazendo esforços nos últimos anos para reviver os negócios em meio a quedas na demanda. Em 2023, Tupperware já havia declarado que poderia falir. Segundo as fontes ouvidas pelo jornal, que foram mantidas em anonimato, a marca contratou consultores jurídicos e financeiros e planeja entrar em proteção judicial após violar termos de sua dívida.

AÇÕES DA EMPRESA CAÍRAM

As ações da empresa caíram mais de 50% na tarde desta segunda em Nova York. Em 2023, a empresa registrou receita de US$ 1,7 bilhão (R$ 9,3 bi), ante US$ 2,7 bilhões (R$ 14,7 bi) uma década atrás.

Os preparativos para a falência vem na esteira de negociações entre a Tupperware e seus credores sobre como gerenciar mais de US$ 700 milhões (R$ 3,8 bi) em dívidas. Segundo o jornal, os credores concordaram neste ano em dar um pouco de fôlego nos termos do empréstimo, mas a empresa falhou em se recuperar.

A Bloomberg afirma que os planos não são definitivos e podem mudar. Um representante da Tupperware se recusou comentar a situação.

NO MERCADO DESDE 1946

Em junho, diz a reportagem, a marca de recipientes plásticos e produtos para o lar fez planos para fechar sua única fábrica nos Estados Unidos e demitir quase 150 funcionários. No ano passado, o CEO Miguel Fernandez foi substituído, assim como vários membros do conselho, como parte de uma tentativa de reverter a maré, nomeando Laurie Ann Goldman como a nova CEO.

A Tupperware lançou seus produtos em 1946. A marca explodiu nos EUA principalmente por meio de festas de vendas organizadas por mulheres. O anúncio da crise e possível falência, ainda em 2023, assustou consumidores fieis, que temeram ficar sem o produto que está no Brasil desde 1976.

(Com informações da FolhaPress)

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