O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta terça-feira (3) um decreto que dobra as tarifas de importação sobre aço, alumínio e seus derivados. As taxas, que eram de 25%, passarão para 50% e começam a valer já nesta quarta-feira (4).
Segundo o texto do governo, o aumento tem como objetivo proteger a segurança nacional dos EUA. O Reino Unido será a única exceção, mantendo a tarifa atual de 25%, por já ter um acordo comercial com os norte-americanos.
A medida confirma o anúncio feito por Trump na última sexta-feira (30), quando afirmou, nas redes sociais, que dobraria as tarifas para proteger a indústria siderúrgica americana. Na ocasião, ele também antecipou que o decreto passaria a valer nesta semana.
O novo tarifaço acontece em meio a negociações comerciais com os países atingidos pelas medidas anteriores, anunciadas em abril. Apesar de terem sido parcialmente suspensas, as tarifas serão reativadas totalmente em 8 de julho, como parte da estratégia de Trump para pressionar por acordos mais favoráveis aos EUA.
Impacto global
As tarifas de 25% sobre aço e alumínio estão em vigor nos Estados Unidos desde 12 de março e têm afetado diretamente parceiros comerciais importantes, como Canadá, México e Brasil — este último, segundo maior fornecedor de aço para o mercado americano.
Especialistas apontam que a principal consequência para esses países é a redução nas exportações para os EUA. No caso do Brasil, o setor siderúrgico deve enfrentar o desafio de redirecionar a produção para outros mercados ou até mesmo reduzir o ritmo de fabricação.
Empresas brasileiras que exportam grande parte de sua produção devem sentir os maiores impactos econômicos. Já aquelas com foco no mercado interno podem enfrentar aumento da oferta doméstica, o que tende a pressionar preços e margens de lucro.