Mesmo num per?odo de expans?o do emprego formal, a informalidade vem aumentando de forma significativa em Fortaleza. Enquanto em 2000, representava 29,36% da popula??o ocupada, em 2007, subiu para 34,24%. Em n?meros absolutos, no in?cio da d?cada os informais somavam 341.175 e no ano passado, passaram a ser 510.009 ? um acr?scimo de 168,8 mil ocupa?es informais. Os dados fazem parte do estudo ?Informalidade no Mercado de Trabalho de Fortaleza: Dimens?o e Caracter?sticas?, que foi apresentado ontem pelo IDT (Instituto de Desenvolvimento do Trabalho). De acordo com Erle Mesquita, coordenador de Estudos e An?lises de Mercado de Trabalho do IDT, ?o crescimento da informalidade n?o est? associado ? retra??o ou a expans?o do emprego formal, uma vez que, mesmo nesse per?odo de avan?o no n?mero de assalariados, o patamar de informalidade continua elevado e crescente, sinalizando para um problema estrutural do mercado de trabalho local?.
Na investiga??o, Mesquita chama aten??o para dois aspectos que apontou como relevantes: o avan?o da informalidade na constru??o civil e na ind?stria de transforma??o. No primeiro caso, o indicador passou de 6,21% para 8,89%, uma diferen?a de 2,68 pontos percentuais; no setor industrial, o ?ndice saiu de 14,36% para 18,75%, uma diferen?a de 4,39 pontos percentuais.
Com?rcio e Servi?os apresentaram recuo nos n?veis de informais: caiu de 25,5% para 21,13%; e de 51,78% para 49,82%, respectivamente.
A inter-rela??o do g?nero com os subsetores de atividade demonstrou um crescimento maior da informalidade entre as mulheres, na ind?stria.
A presen?a masculina foi mais incisiva na constru??o civil. ?As costureiras de fac??o s?o os exemplos mais expressivos no setor industrial, enquanto na constru??o civil predominam as seguintes ocupa?es masculinas: servente, pedreiro, carpinteiro, entre outras?, enfatiza Mesquita.