Presente na salada, no molho, na pizza, o tomate é um dos itens que faz parte das refeições da maior parte dos brasileiros e constantemente aparece como um dos violões da inflação. Em abril deste ano, o item registrou alta de 28,64% mesmo que o grupo de alimentos e bebidas tenha apresentado deflação de março para abril — passou de 1,37% para 0,63%. Informações do R7.
A gerente de modernização do mercado hortigranjeiro da Companhia Nacional de Abastecimento(Conab), Joyce Oliveira, afirma que o clima impacta bastante nos preços no começo do ano. “Essa variação acentuada de preços do tomate e das hortaliças é característica do primeiro semestre do ano por condições climáticas, como o excesso de chuvas”
“A tendência é que os primeiros dias de maio já demonstrem uma pequena redução no preço do tomate. Está melhorando a oferta e os preços voltaram a patamares mais baixos”, diz.
O especialista em finanças da Faculdade Arnaldo, de Belo Horizonte (MG), Alexandre Miserani explica que uma série de fatores influenciam os altos preços do tomate, como a sazonalidade, a alta procura e a distribuição.
“O tomate, como qualquer verdura, tem uma estação que floresce mais que os outros, mas a demanda do tomate acontece no ano todo”, afirma. Como a demanda pelo item é sempre grande, já que faz parte dos produtos mais consumidos pelos brasileiros, a baixa oferta aumenta os preços.