A TIM reconheceu nesta quinta-feira que fará ajustes em sua política comercial com planos que permitem o uso livre dos serviços móveis celulares nos estados onde há maior deficiência de infraestrutura e menor perspectiva de investimentos em rede que acompanhem a evolução da demanda.
- A estratégia terá como aprimoramento maior equilíbrio entre demanda traçada e planejamento de investimentos reais. Não queremos forçar a estratégia comercial no sentido de colocar em dificuldade a capacidade de rede - disse Franco Bernabé, presidente da Telecom Itália, controlador da TIM Brasil, em coletiva de imprensa.
A empresa entrega hoje à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) um planejamento já adaptado após as primeiras recomendações de ajustes da agência e espera que, já na próxima semana, possa retomar as vendas que estão suspensas desde segunda-feira nos 18 estados e no Distrito Federal.
- Evidentemente que o crescimento da demanda e do tráfego podem ter gerado atraso no crescimento da infraestrutura, que tem uma inércia mais difícil de ser superada, mas nosso empenho é de acelerar nosso investimento, para acompanhar o crescimento do mercado - disse Andrea Mangoni, presidente da TIM Brasil.
O prejuízo material das vendas suspensas até agora não é tão relevante, mas o impacto no mercado financeiro e na imagem da companhia são as duas principais preocupações da empresa, segundo seus executivos.
Entre as três operadoras que tiveram vendas suspensas - TIM, Claro e Oi - a empresa de controle italiano é a mais criticada pela Anatel por descumprimento de metas de qualidade e falta de infraestrutura.
- É uma crise de crescimento e nossa perspectiva é de que sairemos fortalecidos depois disso - disse Bernabé.