THE: Negócios de gastronomia e lazer aumentam 10%

O setor de alimentação gerou R$ 55,7 bi em 2010.

O ramo de alimentação vem melhorando seu desempenho ano a ano no Piauí. | Jonathan Dourado
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A área nobre de Teresina, que compreende parte da zona Leste da capital, possui cerca de 130 estabelecimentos de gastronomia e lazer, segundo o Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Piauí. Neste ano, o aumento de empreendimento do setor chega aos 10%. Nos últimos três anos, 71 novos negócios foram abertos na capital, sendo que 47 deles estão localizados na região de maior poder aquisitivo da capital.

É na zona Leste onde está o maior poder aquisitivo, o que justifica o fato de a região ter se tornado um polo de lazer noturno. A concentração de muitos estabelecimentos do mesmo setor foi o que motivou o jovem empresário Rafael Silva a largar a carreira de bancário e abrir uma cachaçaria na região. ?Para cá vem gente de todas as áreas da cidade. Isso é muito bom para um negócio que está começando?, disse Rafael.

Ao mesmo tempo em que a zona Leste oferece a vantagem de concentrar muitos negócios do mesmo segmento, também se caracteriza como a região mais cara da cidade. Segundo o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Piauí, Jorge Holanda, para montar um restaurante de pequeno ou médio porte, é preciso investir no mínimo R$ 250 mil, podendo aumentar para R$ 2 milhões.

Um investimento alto demais e que pode resultar em um mal negócio. Em Teresina, é comum os estabelecimentos conseguirem atrair grande quantidade de público no início, mas não conseguirem manter o mesmo padrão.

Para Jorge Holanda, isso acontece porque bares e restaurantes são abertos por pessoas que têm condições financeiras, mas não conhecem o setor. ?Administrar estabelecimentos da área de gastronomia e lazer não é fácil?, alerta o presidente do sindicato. O resultado disso é o fechamento do negócio em pouco tempo.

Empresários estão expandindo para outras regiões da cidade

Se, por um lado, a zona Leste é atrativa aos empresários do segmento de gastronomia e lazer; por outro, eles começam a enxergar novas possibilidades em outras regiões da capital. E quando se trata de expandir o negócio, o grande Dirceu é a região do momento.

Segundo o presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Piauí, Jorge Holanda, essa tendência se deve ao crescimento do poder aquisitivo das classes B e C. ?Essa parcela da população também está investindo em diversão, e a área do Grande Dirceu é interessante para novos negócios do setor?, defende Holanda.

O que tem dificultado a expansão mais rápida de novos estabelecimentos, é a falta de mão de obra capacitada.

Segundo Jorge Holanda, para abrir um restaurante com qualidade e bom atendimento, são necessários pelo menos 15 contratações. Se o estabelecimentos for de maior porte, é impossível mantê-lo com menos de 25 funcionários.

Setor de alimentação gerou R$ 55,7 bi em 2010

Nos últimos meses, o setor de serviços está registrando os melhores desempenhos para a economia. Em Teresina foi o que registrou o melhor desempenho, motivado principalmente pelo setor de gastronomia. Os piauienses gastam, por ano, cerca de R$ 900 milhões com alimentação e bebida fora de casa.

De acordo com a Pesquisa Anual de Serviços, divulgada recentemente pelo IBGE, no ano de 2010 a atividade de alimentação destacou-se como a principal em termos de geração de receita, valor adicionado, salários, pessoal ocupado e número de empresas em todo o Brasil.

Ao todo, são 193.309 empresas do ramo, que obtiveram R$ 55,7 bilhões de receita operacional líquida. O setor empregou 1.398 mil pessoas e pagou R$ 13,1 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações.

Fila de espera nos restaurantes é de até 60 pessoas

Encontrar algum restaurante que ofereça ambiente agradável, música ao vivo e comida gostosa nem sempre é tão fácil em Teresina. Não que esses estabelecimentos não existam. O problema é que a demanda é sempre maior que a oferta, fazendo com que os lugares mais famosos do momento não tenham espaço suficiente para a clientela.

Segundo Rafael Silva, proprietário de uma cachaçaria, a fila de espera por uma mesa vaga na sexta e no sábado é de até 60 pessoas. ?Ficamos com a lotação completa a partir das 22h30 e mantemos até às 2h, quando a banda pára de tocar?, disse Rafael.

A saída para quem faz questão de conhecer lugares como esses, é fazer reserva de mesas pelo telefone ou pela internet. Mesmo assim, é preciso chegar antes das 23h, senão pode perder o lugar para o grupo que aguarda fora do restaurante por uma vaga.

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