Terras em Uruçuí valorizaram 115%, aponta Gazeta Mercantil

Valorização dos preços dos grãos provocou mudança no ranking das terras no Brasil

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A valoriza??o dos pre?os dos gr?os provocou mudan?a no ranking dos pre?os das terras no Brasil. O Sul do Pa?s voltou a ter, no ?ltimo bimestre (mar?o/abril), o maior valor pelo hectare, ultrapassando o Sudeste, que liderava desde o in?cio do ano passado por conta da cana-de-a?car. H? 14 meses que as cota?es m?dias das fazendas est? em alta. Em rela??o ao bimestre anterior, a valoriza??o ? de 3,4%. No acumulado dos 12 meses ? de 16,3%. No mesmo per?odo, a soja - produto que indexa os pre?os das terras - teve aumento de pre?o de 50,2%, de acordo com a AgraFNP.

Al?m de as terras do Sul superarem as do Sudeste em pre?o, outra mudan?a verificada no bimestre foi o aumento do n?mero de sacas a serem indexadas e a valoriza??o de propriedades pr?ximas a agroind?strias em expans?o ou em instala??o. No Paran? tem agricultor pedindo at? 600 sacas a mais que o comum por alqueire (2,4 hectares).

O mesmo ocorreu em Mato Grosso. Nos dois estados tamb?m houve o fen?meno da agroind?stria, com a valoriza??o de fazendas destinadas ? produ??o av?cola ou leiteira.

Um hectare custa em m?dia, hoje, no Pa?s, R$ 4.135. No Sul, onde a m?dia ? a mais alta, sai a R$ 7.737. "Historicamente o Sul sempre foi o mais caro, mas com o boom da cana, o Sudeste ultrapassou, operando todo o ano de 2007 acima", afirma a analista da AgraFNP, Jacqueline Bierhals. Ela lembra que a regi?o come?ou a se destacar nos ?ltimos seis meses. Em rela??o ao bimestre passado, a valoriza??o da regi?o foi de 6,1% frente ? m?dia nacional de 3,4% e, no acumulado do semestre, de 16,3% para uma m?dia de 10,1% no Pa?s. Nas duas ocasi?es, foi a maior alta.

No entanto, quando comparado com 12 meses ou at? 36 meses, as maiores valoriza?es ocorreram no Centro-Oeste ou Norte, dependendo do per?odo.

Jacqueline destaca que a maior parte dos neg?cios atuais est? ocorrendo em Mato Grosso e no Oeste da Bahia, mas que a regi?o denominada "Mapito" (Maranh?o, Piau? e Tocantins) tem tamb?m muito espa?o para crescer. Quando se verifica as 10 terras de gr?os que mais se valorizaram em 12 meses, quatro estavam nesta regi?o. Neste tipo de propriedade, a maior valoriza??o ocorreu em Uru?u? (PI): de 152% (R$ 3,7 mil o hectare). A analista acrescenta que as vantagens log?sticas, como o Porto de Itaqui (MA), ? que t?m atra?do investidores para a regi?o. Um hectare em Balsas (MA), destinado ? agricultura, vale hoje R$ 3,2 mil (alta de 14% em 12 meses). Em Aragua?na (TO), para o mesmo uso, sai a R$ 5,2 mil (74% a mais, na mesma compara??o).

O Norte do Pa?s se destacou entre as valoriza?es de terras para pastagens, pois ? a regi?o onde est? havendo migra??o de pecu?ria. Entre as 10 propriedades com maiores altas de pre?o, tr?s estavam nesta regi?o.

O levantamento mostra que o hectare m?dio mais caro do Pa?s est? no estado de S?o Paulo: R$ 11,8 mil e o mais barato (na m?dia), no Amazonas: R$ 258.

Infla??o

De acordo com estudo da AgraFNP, no acumulado de 12 meses, a valoriza??o das propriedades agropecu?rias est? superando a infla??o. No per?odo, o ganho real foi de 5,7%.

O mesmo n?o ocorreu, no entanto, no Sudeste. O aumento registrado no valor cobrado pelas fazendas da regi?o ficou abaixo da infla??o: 9,5% para 10,57%. Jacqueline diz que isso se deve ao fim do boom da cana-de-a?car, que vinha impulsionando os pre?os das propriedades na regi?o.

A analista lembra que, no per?odo, entre as terras de cana-de-a?car, as maiores valoriza?es ocorreram no Nordeste - de 10, nove foram na regi?o -, com altas de 35% a 56%. Isso porque s?o propriedades mais baratas que o Centro-Sul do Pa?s.

Em tr?s anos

No acumulado de 36 meses, a maior valoriza??o m?dia ocorreu no Centro-Oeste, com aumento de 40,1%, enquanto a menor foi no Sul: 29,7%, abaixo da m?dia nacional, que ficou em 35,2%. Mas foi no Norte do Pa?s que se registrou a maior alta, na ?rea da mata de Macap? (AP), de 818%.

De acordo com o levantamento da AgraFNP, a valoriza??o m?dia registrada no per?odo foi de 35,2%. Portanto,

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