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Teresina ficou mais rica? Lembre como era a capital do Piauí no passado - PONTE METÁLICA

Imagens históricas e raras mostram como era Teresina no passado; nos registros, há inaugurações de estruturas importantes para economia do Estado. - PONTE METÁLICA

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PONTE METÁLICA

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A Ponte Metálica, que atravessa o Rio Parnaíba e conecta as cidades de Teresina (PI) e Timon (MA), é um dos marcos mais emblemáticos da integração entre os dois estados. Inaugurada no início do século XX, a estrutura não apenas facilitou o trânsito e o comércio entre as margens, mas também se tornou um símbolo histórico da expansão urbana e da modernização da região. Suas longas vigas de ferro e o traçado imponente se destacam na paisagem, tornando-se um cartão-postal para quem chega à capital piauiense.

Em 1982, o fotógrafo Paulo Gutemberg eternizou uma cena que ficaria marcada na memória da cidade: um jovem equilibrando-se sobre as partes mais altas da ponte, desafiando a gravidade e o próprio destino. A fotografia, além de revelar o risco, reflete também um momento de espontaneidade e ousadia de uma época em que a ponte era, para muitos, um ponto de encontro, travessia e também de aventura. O registro de Gutemberg virou um documento histórico e artístico, revelando um lado humano e poético desse monumento de ferro e concreto.

Relatos antigos apontam que, especialmente nas épocas de cheia do Parnaíba, era comum ver pessoas se lançando das alturas da ponte em mergulhos perigosos. O gesto, que misturava coragem e imprudência, fazia parte do cotidiano de quem via no rio um espaço de lazer e liberdade. Entre aplausos e sustos, esses saltos se tornaram uma tradição informal, uma espécie de ritual de bravura que hoje, diante das normas de segurança e do aumento do fluxo de veículos, seria impensável repetir.

Com o passar dos anos, a Ponte Metálica manteve seu valor histórico e afetivo, resistindo ao tempo e às mudanças urbanas. Mesmo diante de novas construções e alternativas de travessia, ela segue como um elo simbólico entre Piauí e Maranhão, entre passado e presente. Para muitos teresinenses e timonenses, atravessar a ponte é também atravessar memórias — de infância, de coragem, de um tempo em que o Parnaíba era palco de histórias que misturavam risco, beleza e emoção.

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